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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Sarney diz ter recebido apoio de líderes para enviar funcionários para estados

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta sexta-feira (25), por meio de nota, que recebeu apoio de líderes de sete partidos na decisão de aumentar o número de servidores com autorização para prestar serviços nos escritórios políticos dos senadores nos estados.


A medida abre brecha para que os senadores possam utilizar os funcionários federais em suas campanhas, uma vez que quem atesta o trabalho realizado é o próprio gabinete.

De acordo com a nota, a medida foi apoiada pelos líderes Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Inácio Arruda (PC do B-CE), Francisco Dornelles (PP-RJ), Osmar Dias (PDT-PR), Renan Calheiros (PMDB-AL), Marcelo Crivella (PRB-RJ), além de Raimundo Colombo (DEM-SC), líder da minoria.

A autorização abrange funcionários de senadores que integram a Mesa Diretora do Senado e que exercem lideranças das legendas. Na nota, Sarney enfatizou que já existem funcionários que trabalham nos estados e, por isso, a medida não acarretará em novos gastos para a instituição. "Os funcionários já estão nos estados, não há criação de cargos nem aumento de despesas, apenas é mantida uma situação já existente, como a restrição mencionada acima", diz, na nota.

Ontem (24), o líder do PT, Aloizio Mercadante (SP) disse que não era favorável à medida e negou ter assinado qualquer ofício apoiando a ideia, que considera um retrocesso. O líder do DEM, José Agripino (RN), também negou ter apoiado a decisão.

Hoje, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse, em seu discurso na tribuna do Senado, que a decisão tem que ser anulada. Ele também considerou que houve informação contraditória na divulgação de notícias sobre a decisão de extinguir 500 cargos no Senado. “Os cargos não existiam de fato. Foi ridículo. O que a imprensa diz é que esse ato da extinção de mentirinha foi para passar o outro, em que membros da Mesa e líderes têm direito a alocar mais funcionários em seus estados, para fazer campanha política”, ponderou.

Atualmente, os gabinetes só podem manter um servidor nomeado para trabalhar nos estados, nos escritórios de líderes e dos onze titulares e suplentes da Mesa. A decisão aumenta esse número para três servidores.
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