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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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PSDB caça parlamentares da base que queiram mudar de legenda para 2010

Partidos de oposição deflagraram uma corrida em busca de parlamentares governistas dispostos a trocar de legenda de olho nas eleições de 2010. No Senado, o PSDB vai ampliar os seus quadros e deve se tornar nesta sexta-feira a segunda maior bancada da Casa, com 14 parlamentares atrás apenas do PMDB, que conta com 17 senadores.


O senador Expedito Junior (sem partido-RO) promete assinar hoje sua filiação ao PSDB. Como o senador formalizou a saída do PR esta semana, abriu caminho para aumentar a bancada tucana no Senado.

O PSDB também mira os senadores Flavio Arns (sem partido-PR) e Valter Pereira (PMDB-MS) que ameaça deixar o partido por divergências regionais no Estado dentro do PMDB.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que essa negociação é natural. "Essas conversas surgem naturalmente até porque são parlamentares que estão alinhados com o nosso programa político", disse.

O ingresso de Expedito no PSDB chama atenção porque o senador corre o risco de perder o mandato. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou o mandato do novo tucano por compra de votos. Ele se mantém no cargo por uma decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), referendada pelos integrantes da Mesa Diretora, que segurou a decisão da Justiça Eleitoral até que se esgotem as possibilidades de recursos.

Em relação ao senador Flávio Arns que deixou o PT depois de se dizer "envergonhado" com o apoio do partido para a salvação de Sarney no Conselho de Ética, as negociações estão em ritmo mais lento. O ex-petista, que também corre o risco de perder o mandato, tem dado fôlego às conversas com o PPS. Caso queira trocar de partido, Arns precisará se filiar a uma nova legenda até 3 de outubro um ano antes do pleito.

Alguns petistas defendem que o Diretório Nacional recorra à Justiça Eleitoral pedindo o mandato de Arns. Argumentam que ele deixou o partido de forma "deselegante", reclamando de mudança ideológica da legenda, mas ao mesmo tempo já teria sinalizado insatisfação com o fato de lideranças do PT articularem o nome de Gleisi Hoffmann mulher do ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para disputar o Senado pela legenda.

A movimentação oposicionista preocupa interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Senado. Apesar de oficialmente ter 54 dos 81 votos na Casa, o governo tem dificuldades para conseguir maioria durante a votação de matérias polêmicas. E o reforço da oposição pode colocar em risco a aprovação de matérias como a indicação do José Antonio Dias Toffoli (Advocacia Geral da União) para ocupar uma vaga de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e até mesmo a análise dos quatro projetos que regulamentam a exploração da camada pré-sal descoberta na costa brasileira, que devem chegar ao Senado no fim do ano.
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