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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Governo privilegia partidos da base na destinação de verbas para emendas parlamentares

A pouco mais de um ano das eleições presidenciais, o governo Lula privilegiou partidos aliados ao destinar verbas federais por meio de emendas parlamentares previstas no Orçamento da União.

A pouco mais de um ano das eleições presidenciais, o governo Luiz Inácio Lula da Silva privilegiou partidos aliados ao destinar, em setembro, verbas federais por meio de emendas parlamentares previstas no Orçamento da União. Ao autorizar o pagamento das emendas, o Palácio do Planalto favoreceu PMDB, PSB e PT --principais partidos da base governista que articulam candidaturas ao Palácio do Planalto.


Segundo dados do Siafi (sistema de acompanhamento de gastos da União) levantados pela assessoria de orçamento da liderança do DEM na Câmara a pedido da Folha Online, os 96 deputados peemedebistas receberam R$ 11.370.664,54 até o dia 18 de setembro.

O PSB, que tem 29 deputados, ganhou R$ 6.575.121,01 e ficou na frente do PT --que contou com R$ 6.384.254,07 para os 79 parlamentares da bancada na Câmara. Os valores incluem recursos chamados de "restos a pagar" que estão congelados desde 2006 e só foram liberados agora.

A verba destinada aos aliados é significativamente maior do que a dos dois maiores partidos de oposição ao governo Lula e que devem estar juntos na campanha eleitoral do ano que vem. No mesmo período, os 57 tucanos levaram R$ 3.775.847,65, enquanto o DEM --que tem 58 parlamentares-- recebeu R$ 3.177.231,87.

Além de ser o principal aliado do Palácio do Planalto no Congresso, o PMDB já sinalizou que pode fechar na quarta-feira uma pré-aliança com PT. A ideia é garantir a candidatura do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), para vice na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na disputa pela sucessão presidencial de 2010.

O PSB também traz preocupação aos planos do presidente Lula e, em especial. à pré-campanha da ministra.

Pesquisa CNI/Ibope divulgada na semana passada mostrou o crescimento da taxa de intenção de voto do deputado Ciro Gomes (PSB-CE), que passou de 12% para 14% entre junho e setembro. No mesmo período, as taxas de Dilma e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), recuaram quatro pontos. Dilma caiu de 18% para 14%; e Serra de 38% para 34%.

O presidente Lula chegou a articular e tentar dar fôlego para o PSB financiar, com o apoio do PT paulista, a campanha de Ciro ao Palácio dos Bandeirantes. A pesquisa CNI/Ibope, porém, reascendeu o desejo de o deputado ser um dos candidatos da base aliada ao Planalto em 2010.

O líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP), negou que o pagamento das emendas tenha relação com as eleições. "Isso não faz o menor sentido. Você acha que a liberação de emenda pode refletir no apoio de um partido a um determinado candidato? Não tem lógica. Se fosse um agrado eleitoreiro, o PT seria o privilegiado. As emendas têm a ver com a qualidade dos projetos apresentados pelos partidos", afirmou.
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