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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Sarney diz que não recuará de ampliação de servidores nos redutos eleitorais

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), rebateu nesta segunda-feira críticas de líderes partidários contrários à decisão da Mesa Diretora da Casa de aumentar o número de servidores nos escritórios estaduais de integrantes da cúpula e de líderes partidários.


Sarney disse que os três líderes que não avalizaram a medida reagiram porque já possuem assessores de seus gabinetes nos Estados ao contrários dos demais senadores favoráveis à mudança.

"Me disse o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), que comandou essa solicitação, que não pediu [as assinaturas] de três líderes porque eles não tinham os problemas que eles têm, isto é, funcionários já trabalhando no Estado. Muitos deles muito mais de três. Nós limitamos em três", afirmou.

Ao anunciar na semana passada a decisão de aumentar o número de servidores nos Estados, integrantes da Mesa Diretora afirmaram que tomaram a medida a pedido dos líderes partidários. Os líderes Aloizio Mercadante (PT-SP), José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), porém, foram a público desmentir que tivessem feito qualquer solicitação para que tivessem direito a deslocar três funcionários de seus gabinetes para os escritórios regionais.

Sarney disse que não haverá recuo da decisão uma vez que ela foi tomada pela Mesa Diretora da instituição, com representantes de diversos partidos.

"Essa decisão foi tomada pela Mesa. Todos os senadores hoje têm nos seus Estados funcionários seus de gabinete, e os líderes tinham. A decisão foi apenas a pedido deles para manter os funcionários que já tinham nos seus gabinetes. Fizemos restrições de três funcionários, embora tenhamos a convicção de que o fizemos por uma solicitação que foi feita pelos líderes", afirmou.

Na sexta-feira, Sarney divulgou nota na qual afirmou que a Mesa teve o apoio de líderes de sete partidos na Casa antes de decidir aumentar o número de servidores nos escritórios estaduais. Para justificar a medida, Sarney afirmou na nota que os funcionários já trabalham nos Estados, o que não ocasionará gastos extras à Casa.

"Os funcionários já estão nos Estados, não há criação de cargos nem aumento de despesas, apenas é mantida uma situação já existente, como a restrição mencionada acima", diz a nota.

Sarney afirma que os líderes Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Inácio Arruda (PC do B-CE), Francisco Dornelles (PP-RJ), Osmar Dias (PDT-PR), Renan Calheiros (PMDB-AL), Marcelo Crivella (PRB-RJ), e da minoria, Raimundo Colombo (DEM-SC), apoiaram a medida. Os líderes que assinaram o pedido representam 38 dos 81 senadores.

Segundo o presidente do Senado, a nova administração da Casa, presidida por ele, regulamentou a contratação de servidores nos escritórios estaduais depois de um longo período sem qualquer regulação.

Sarney afirmou ainda, na nota, que a medida apenas reverteu ato da Mesa Diretora que proibiu os escritórios estaduais de contratar funcionários das lideranças ou de membros da Mesa. "Os líderes, à exceção do PSDB, DEM, PSOL e PT, solicitaram, em virtude de casos concretos, que essa proibição, já há anos sendo exercida discricionariamente, fosse anulada."
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