A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta terça-feira que o Congresso, o TCU (Tribunal de Contas da União) e o governo têm de ter atitude madura diante da lista de obras com indicações de irregularidades divulgada hoje pelo tribunal.

Segundo a ministra, obras paradas podem ficar muito mais caras quando reativadas, por causa do período de paralisação e porque a licitação costuma ser feita com preço maior. Mas é necessário, segundo Dilma, que se confirmadas as irregularidades, medidas sejam tomadas.

"Se há irregularidades, elas têm de ser sanadas. Ninguém pode compactuar com irregularidades. Agora, se há divergências de avaliações, vamos tentar resolver", afirmou Dilma, após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Mesmo com 13 obras do PAC na lista divulgada hoje, a ministra defendeu o programa, citando conversa que teve com o presidente do TCU, Ubiratan Aguiar. "O presidente do TCU disse que as obras do PAC, porque são muito monitoradas, são as que apresentam menos problemas."

Sobre as duas refinarias presentes na lista do TCU, a de Abreu e Lima (PE) e Presidente Getúlio Vargas (PR), a ministra disse não acreditar que o TCU abra um processo de discussão com a Petrobras. Segundo a ministra, o questionamento do tribunal é "normal". "Não olhamos isso com uma preocupação maior", afirmou.