A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, voltou a criticar nesta quarta-feira (30) a atuação do Tribunal de Contas da União (TCU) na paralisação das obras previstas pelo governo federal, entre elas 13 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo ela, o Tribunal tem causado uma “queixa generalizada” pela sua atuação.

“Eu acho que nenhum de nós, dentro do governo, desconhece que o TCU cumpre um papel importante. O que o TCU em alguns momentos cria é uma certa indisposição em alguns segmentos no país e eu participei [na terça-feira] daquela discussão ali no CDES [Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social] sobre o pré-sal e havia uma queixa generalizada sobre o fato de que é impossível você ter paralisações sistemáticas de obras de grande porte, porque os custos são muito grandes”, criticou a ministra.

Apesar da avaliação, ela fez questão de frisar que o governo não tem proposta e não pretende enfraquecer o papel do TCU. “Eu acho que temos que discutir as paralisações. Eu não sei o que fazer. Não vou fazer aqui uma proposta revisional do TCU”, disse.

“Eu noto que há um descontentamento de alguns segmentos. O governo propriamente dito vai tratar desses assuntos [paralisações de obras federais] porque a ele chegam muitas falas nesse sentido. Mas, nós não estamos de jeito nenhum querendo diminuir o nível de fiscalização”, acrescentou Dilma.

Para ela, se forem constatadas irregularidades as obras têm que ser paralisadas, mas é preciso cautela porque isso aumenta os custos. “Eu acho que se houve irregularidades a gente vai interromper a obra, mas eu acho que tem que ter muita cautela nesse processo de paralisação de obra, porque ao paralisar uma obra você está aumentando o custo dessa obra, porque tem o custo da desmobilização e o da remobilizacao”, argumentou.