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Domingo, 02 de junho de 2024

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Nos 21 anos da Constituição, mais de 1.300 emendas aguardam por votação no Congresso

Vinte e um anos depois da promulgação da Constituição Brasileira de 1988, mais de 1.300 emendas ao texto esperam por votação no Congresso Nacional. A maioria dos parlamentares atribui a demora na votação de PECs (propostas de emendas constitucionais) ao ritmo de trabalhos do Legislativo, mas reconhece que há necessidade de aperfeiçoamentos ao texto elaborado no período em que o Brasil transitava entre a ditadura e o regime democrático.


Na Câmara, esperam atualmente por votação 934 emendas constitucionais. No Senado, o número soma 407 emendas. Além da tradicional demora do Legislativo em discutir e votar matérias, no caso das PECs o ritmo se torna ainda mais lento uma vez que há necessidade de pelo menos três quintos de deputados e senadores em plenário para a análise das matérias.

Entre as emendas apresentadas à Constituição há temas excêntricos --como uma PEC de autoria do ex-deputado José Janene (PP- que sugere o fim do segundo turno nas eleições para prefeitos e governadores.

Muitos deputados criticam o excesso de emendas apresentadas ao texto constitucional, mas reconhecem que não há outra alternativa para modificar a legislação brasileira. O líder do DEM, Ronaldo Caído (GO), disse que vai propor que o colégio de líderes da Câmara discuta um sistema para restringir o número de propostas para mudar a Constituição.

"Uma Constituição não pode ser ameaçada por estrutura de poder ou por lobby. É preciso que se crie um sistema de que se rediscuta apenas princípios constitucionais", afirmou.

Alguns parlamentares defendem uma revisão constitucional em 2011, longe da disputa eleitoral. "Acredito que esta é uma função para notáveis e para os próximos congressistas que estarão longe de disputa e interesses eleitorais", disse Caiado.

Para o deputado Maurício Rands (PT-PE), a revisão integral do texto se torna inviável. O petista disse ser favorável à discussão de mudanças pontuais na Constituição, mas concorda com uma espécie de "constituinte revisional" exclusiva para discutir mudanças no sistema político nacional.

Entre os parlamentares, o sentimento é de que o texto precisa de mudanças especialmente no que diz respeito à própria atuação do Legislativo, Executivo e Judiciário. "A principal operação a ser feita é no processo decisório do Estado brasileiro. Os Três Poderes tomam suas decisões de forma muito lenta. Precisam ser mais ágeis e todos responsáveis pelas políticas públicas. A principal discussão é que devem ter mais agilidade nas funções públicas", disse Rands.
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