O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos Estados Unidos, à China e a outros países que façam sua parte na redução das emissões de gases causadores do efeito estufa para que haja sucesso na reunião sobre o aquecimento global que ocorrerá em Copenhague em dezembro.

"Se resolvermos um pouco do problema nos EUA e Obama tentar convencer o Congresso e o senado (norte-americanos)" a aceitar objetivos mais ambiciosos para o clima, "então as coisas podem avançar", disse Lula durante uma entrevista coletiva em Estocolmo, onde participou de uma cúpula entre a União Europeia e o Brasil.

Lula encontra o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt, e o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, em Estocolmo. A cidade sedia a terceira edição da Cúpula Brasil-União Europeia nesta terça (6) (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)"Temos de falar muito com a China e temos muito a conversar com a Índia", acrescentou. Ele afirmou que é preciso que cada país informe quanto emite.

"Cada país deve assumir a responsabilidade pelo prejuízo que está causando ao meio ambiente", acrescentou. "A partir do momento em que sabemos o quanto os EUA ou a China emitem, saberemos quais esforços eles precisarão fazer."

Lula disse lamentar que os EUA tenham estabelecido metas relativamente baixas para o corte de emissões de gases, usando como base os níveis de 2005, e que a Europa tenha assumido o compromisso de reduzir em 20% o volume de emissões registrado em 1990.

A cúpula mundial sobre o aquecimento global ocorrerá entre os dias 7 e 18 de dezembro em Copenhague. A reunião tem como objetivo chegar a um acordo para evitar que a temperatura mundial suba mais de dois graus Celsius por meio da redução das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2015 e cortar estas emissões pela metade até 2050.