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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Aprovada criação do Banco de Desenvolvimento do Centro-Oeste

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (7), proposta que autoriza o governo a criar o Banco de Desenvolvimento do Centro-Oeste (BDCO). Previsto em artigo do Ato das Disposições Constitucionais Provisórias (ADCT), da Constituição federal, o banco é um antigo pleito de parlamentares e governadores da região. Sua função será estimular projetos prioritários para o desenvolvimento da região, tendo como principal fonte de recursos as receitas do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), até então geridas pelo Banco do Brasil.


O texto acolhido foi o substitutivo preparado pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), a projeto (PLS 303/08) da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). A matéria recebeu decisão terminativa, mas antes de seguir para exame na Câmara dos Deputados deverá passar por segunda votação, norma que se aplica aos textos substitutivos. Senadores de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, unidades da área do futuro BDCO, comemoraram a decisão na CCJ. Todos destacaram o empenho de Lúcia Vânia e Serys, que trabalharam juntas no texto final, negociado com diversas áreas do governo.

- O texto que está sendo votado é o resultado do trabalho de todos os senadores do Centro-Oeste - disse Lúcia Vânia, em agradecimento.

Serys registrou que, na elaboração do texto final, foram também aproveitadas idéias de projeto anteriormente apresentado pelo senador Marconi Perillo (PSDB-GO) para a criação da agência financeira. Conforme a relatora, no âmbito do Centro-Oeste, o BDCO desempenhará papel similar ao que o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) exercem nas suas regiões de atuação. O projeto já havia passado pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), também na forma de substitutivo.

De acordo com Lúcia Vânia, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, entendeu a importância da implantação do banco e, nos dois últimos anos, "abriu todas as portas" para que a bancada regional de senadores negociasse com as diversas áreas de governo. As consultas envolveram os ministérios da Fazenda e do Planejamento, além do Banco Central e o Banco do Brasil (BB), entre outros órgãos.

- Tivemos embates muito fortes com BB, que, naturalmente, defendia seus interesses - comentou.

No final, Lúcia Vânia disse que o projeto ficou num meio termo entre o que desejavam os senadores da bancada regional e o BB, que continuará gerindo o estoque de capital já recebido em repasses do FCO. A expectativa da bancada regional é de que a matéria avance rapidamente na Câmara, uma vez que os principais aspectos relativos à estrutura e funcionamento do BDCO já foram negociados com o governo. Aprovada a autorização legislativa, o governo poderá instituir o banco por decreto.
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