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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Mercadante diz que há contradições na versão de Lina sobre suposto encontro com Dilma

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) contestou nesta terça-feira as supostas contradições sobre o encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). A ex-secretária diz que Dilma pediu no encontro para agilizar as investigações sobre as empresas do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Dilma nega o encontro.


Em nota, o senador afirma que Lina se contradiz sobre o assunto e o local do suposto encontro com Dilma. A ex-secretária disse na semana passada ter encontrado a agenda pessoal em que estaria registrada a reunião com Dilma em 9 de outubro de 2008, às 11h.

"Nesse encontro elas se reuniram, em São Paulo, com CEO's norte-americanos. [...] Só que agora ela diz que o suposto encontro com Dilma para tratar dos inquéritos contra a família Sarney foi no dia 9 de outubro, no Planalto. Ela se desdiz no assunto e no lugar", diz Mercadante na nota.

O senador também questiona o horário da suposta reunião. Mercadante recorda que em depoimento no Senado, Lina afirmou que o encontro com Dilma teria ocorrido à tarde, no Planalto. "Ora, no dia 9 de outubro, à tarde, Lina e Dilma estavam em São Paulo na reunião com CEO's norte-americanos, o que ela mesma reconheceu e é facilmente comprovável. [...] Ela se contradiz também no que tange ao período em que teria ocorrido o suposto encontro", afirma.

Mercadante também contesta o fato de Lina ter dito no depoimento que não tomou nenhuma providência após a reunião com Dilma por considerar o pedido feito pela ministra "incabível". "Ela agora afirma que na sua agenda está escrito 'dar retorno à Ministra Dilma sobre Sarney'. Como dar retorno sobre um assunto que a ex-secretária diz ter desconsiderado completamente?", questiona o petista.

"Ante tantas contradições e versões desencontradas, é lícito supor que Lina, que afirma não mentir, faltou, em algum momento, com a verdade sobre esse assunto. Também é razoável o questionamento do motivo que levou Lina Vieira a só fazer essa 'denúncia', após ter sido demitida da Receita Federal em razão de sua gestão frente ao órgão, fato este que não tem nenhuma relação com o suposto encontro. [...] A sua obrigação como funcionária pública era denunciar a ministra. Se não o fez, prevaricou. Se não prevaricou, faltou com a verdade. O fato concreto é que a credibilidade de Lina Vieira nesse episódio tem tanta solidez quanto as suas várias versões desencontradas", disse.
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