Olhar Direto

Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Política BR

CPI da corrupção

Yeda admite que errou ao comprar casa após eleições

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), admitiu nesta quarta-feira que errou ao comprar sua casa após as eleições de 2006, quando venceu a disputa no Estado.

A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), admitiu nesta quarta-feira que errou ao comprar sua casa após as eleições de 2006, quando venceu a disputa no Estado. Em entrevista coletiva, Yeda disse que não vai vender o imóvel, que é seu único patrimônio, e ressaltou que o Ministério Público já atestou a transparência da negociação.


"Se errei, e acho que errei, foi em relação à hora política dessa troca pessoal", afirmou. "A casa é meu único patrimônio físico. Decidi que não vou vendê-la. A casa própria é o sonho de todo o brasileiro, e eu sou brasileira", afirmou a governadora.

Yeda é suspeita de ter usado dinheiro de caixa dois da campanha eleitoral para comprar a casa onde mora, após vencer a eleição em 2006. Ela nega.

A casa da governadora foi comprada no dia 6 de dezembro de 2006, 37 dias depois do segundo turno das eleições. Segundo certidão do Cartório de Registro de Imóveis da 4ª Zona de Porto Alegre, custou R$ 750 mil. Em 18 de outubro de 2007, foi alienada no Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) para garantir um empréstimo de R$ 50 mil tomado pela governadora. O imóvel, localizado numa zona nobre da capital gaúcha, tem 467 metros quadrados de área construída.

A governadora convocou a entrevista coletiva hoje depois que a Assembleia Legislativa arquivou ontem o pedido de impeachment contra ela com 30 votos favoráveis e 17 contrários.

Com o arquivamento do pedido de impeachment, o líder da bancada do PT, deputado Elvino Bohn Gass, disse que a oposição deve concentrar esforços na CPI da Corrupção, que investiga o suposto esquema que teria desviado mais de R$ 40 milhões do Detran-RS e denúncias contra Yeda.

Na entrevista, a governadora também lembrou que na semana passada o TRF-4 (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região a excluiu da ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal.

"Não existe nenhuma prova contra a governadora, não há gravações, atos, decretos ou leis que indiquem qualquer coisa errada feita pela chefe do Executivo", afirmou Yeda, ao lembrar que agora inicia uma nova etapa em seu governo.

"Este é o encerramento de um período muito difícil para nós e para a sociedade. Com ataques contínuos, a oposição lançou dúvidas à sociedade que precisavam ser esclarecidas. Aguardei com muita serenidade a verdade chegar. Sofri muitas vezes em silêncio. Por confiar na Justiça, sabia que ela prevaleceria".

Sobre o Detran-RS, a governadora disse que, assim que soube das denúncias, no final de 2007, tomou as medidas cabíveis. "Demiti a diretoria e abri sindicância. Dei continuidade às mudanças na autarquia, como a transferência dela para a Secretaria da Administração".

"Uma governadora não erra quando alguém de seu governo erra. Mas erra quando, ao saber, não toma providências. Eu tomei", disse.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

Sitevip Internet