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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Relator cita cartas como prova contra Azeredo

Um dos indícios citados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa em seu voto no processo do valerioduto mineiro, pelo qual acolheu a denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), são cartas e o depoimento de uma prima do tesoureiro da campanha do tucano em 1998, Cláudio Mourão.


Barbosa leu trechos da carta enviada ao Ministério Público e à CPI de Minas Gerais por Vera Lúcia Mourão de Carvalho Veloso, que disse ter trabalhado nas campanhas de Azeredo de 1994 e 1998. Ela afirma que Azeredo participava pessoalmente das decisões sobre o fluxo financeiro da campanha.

"Posso afirmar com certeza que o sr. Clésio [Andrade, candidato a vice-governador], o governador Eduardo Azeredo, o [então] vice-governador Walfrido dos Mares Guia, Cláudio Mourão, [o publicitário] Marcos Valério, sua secretária e eu fazíamos semanalmente reuniões para tratar de assuntos referentes a entrada e saída de verbas, doações de empresários e doações que entravam como empréstimos que seriam pagos após a eleição", escreveu Vera Lúcia, que repetiu a informação ao depor na PF em 2006.

Em entrevista à Folha, divulgada ontem, Azeredo afirmou que nunca se reuniu com Vera.

A estratégia de defesa de Azeredo tem sido atribuir a Mourão toda a responsabilidade pela parte financeira do comitê. O defensor do tucano, José Gerardo Grossi, disse, no plenário do STF que seu cliente foi traído por Mourão: "Lamentavelmente, faltou-lhe com a lealdade".

Em seu relatório, o ministro Barbosa citou outros seis indícios do envolvimento de Azeredo com o valerioduto, como "a presença constante" de Valério no comitê eleitoral.

O julgamento no STF foi paralisado, na última quinta-feira, após o pedido de vista dos autos formulado pelo ministro José Antonio Dias Toffoli.
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