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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Lula diz que crise deixou países mais humildes e defende exportações

Foto: Reprodução

Lula diz que crise deixou países mais humildes e defende exportações
A crise econômica mundial fez os dirigentes das grandes potências ficarem mais humildes, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira no Fórum Econômico Brasil Itália, realizado pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).


"Está todo mundo mais humilde. Eu participo do G20 e nunca vi tanta gente humilde", afirmou.

Lula ressaltou que o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional), antes da turbulência econômica, tinham todas as respostas para o desenvolvimento dos países pobres. "Quando a crise eclodiu nos países ricos, não tinham solução", alfinetou.

"Muitos governantes esqueceram de governar achando que o mercado por si só resolveria", acrescentou, ressaltando que é hora de avaliar o que de certo foi feito no século 20 e o que pode ser mudado para o século 21.

O presidente disse ainda que o Estado "tem que ser apenas um indutor, um regulador", para não permitir que haja setores esquecidos. Lula ressaltou que, com a crise, "descobrimos que o nosso sistema financeiro era um dos mais controlados do mundo".

Exportação

O momento agora, em sua opinião, é de descobrir novos consumidores. "Os Estados Unidos certamente vão levar muito tempo para voltar a ser um consumidor prioritário do mundo. Eles serão muito mais cuidadosos, como já disse [Barack] Obama mais de uma vez. A Europa, do mesmo jeito."

Por isso, destacou a necessidade de "procurar novos nichos de oportunidade". "O Brasil não pode ficar estagnado, tem que se espraiar pelo mundo para vender suas coisas."

Sobre os empresários que foram para a China em busca de redução no custo de produção, Lula disse que "lá não tem jornal para falar mal, não tem sindicato para fazer greve, muita gente gosta". Para ele, é preciso ficar de olho numa ampliação da parceria entre o país asiático e os Estados Unidos, o que teria efeitos em todo o comércio mundial.

"A balança comercial entre dois países tem que ser uma via de duas mãos. Não interessa para nenhum país ter uma vantagem no superavit muito grande, é preciso que haja um certo equilíbrio para que os dois países se sintam confortáveis. E Brasil e Itália estão. Mas um fluxo total de US$ 14 bilhões é muito pouco para o tamanho da Itália e para o tamanho do Brasil", disse.

Sobre as metas da União Europeia para adição de etanol, Lula afirmou que é preciso "começar agora a pensar em fazer estoque ou outra vez não vamos cumprir o que foi acordado", referindo-se aos investimentos que precisam ser feitos pelos empresários em usinas de cana-de-açúcar. "A matriz energética tem que ser mudada, é uma questão apenas de tempo. Não é o presidente Lula que quer vender etanol", comentou.
Brincando, Lula disse que Paulo Skaf, presidente da Fiesp, tem que parar de convidá-lo para visitar a entidade. "Daqui a pouco estou vindo mais na Fiesp do que na sede da CUT", afirmou, acrescentando que o governador de São Paulo, José Serra, também presente ao evento, pode querer fazer o mesmo.
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