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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Oposição admite que não tem votos para barrar entrada de Venezuela no Mercosul

A oposição reconhece que terá dificuldades para barrar o ingresso da Venezuela no Mercosul. O assunto deve ser analisado pelo plenário do Senado nesta semana.


Embora os governistas tenham dissidências contrárias à adesão do país vizinho ao bloco econômico, senadores do DEM e PSDB admitem que não terão número suficiente de parlamentares para derrubar o protocolo de adesão da Venezuela no Mercosul.

"Se todos os nosso vierem, e isso é difícil porque sempre tem um que viaja, um que está doente, conseguiremos 32 votos. Como o [presidente do Senado] Sarney não vota, calculo que fica em 48 a 32 para eles. Não é uma grande vitória, mas eles ganham", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Os governistas prometem colocar em pauta quarta-feira, no plenário, o protocolo de adesão da Venezuela no Mercosul. Mas contabilizam, nos bastidores, se terão apoio suficiente para aprovar a matéria. A disposição da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é colocar a matéria em análise somente se houver um placar favorável ao protocolo de adesão.

O governo adiou a votação nas últimas duas semanas por não ter certeza da vantagem sobre a oposição. Líderes governistas admitiram que as recentes declarações do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de que os líderes militares da Venezuela devem estar preparados para a "guerra" no continente, poderiam colocar em risco a aprovação da adesão do país ao Mercosul.

Chávez fez as declarações há duas semanas, o que dificultou as negociações dos governistas para a votação do ingresso da Venezuela no Mercosul. A oposição trabalha para adiar a votação do protocolo de adesão até que haja um compromisso do governo venezuelano de que não há uma "situação de guerra" no continente.

Na sessão plenária, a oposição promete realizar uma série de longos discursos na tentativa de suspender a sessão --como estratégia para adiar, novamente, a análise do protocolo de adesão.

DEM e PSDB temem que Chávez, no comando da Venezuela, traga instabilidade à democracia no Mercosul --por isso são contrários à aprovação da matéria.
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