O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que não foi informado sobre todas as variantes envolvidas na concessão de refúgio a Cesare Battisti, como a situação que se desenha no julgamento da extradição em curso no STF.
A concessão de refúgio, decidida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, contrariou entendimento do Conare (Comitê Nacional para Refugiados). Não é primordial para Lula, segundo a Folha apurou, proteger Tarso de um eventual desgaste político, quando tomar a decisão.
Avalia-se que Tarso entrou de forma equivocada no mérito das decisões das Justiças italiana e francesa e da própria Corte Europeia de Direitos Humanos, quando afirmou, por exemplo, que Battisti não pôde exercer o seu direito a ampla defesa.
Segundo a Folha apurou, bastava a Tarso, para conceder o refúgio, limitar-se a aspectos políticos.
Preocupa o presidente manter boas relações com a Itália. Ao mesmo tempo, faz questão de marcar posição como chefe de Estado independente, não suscetível a pressões internacionais.