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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Ministro italiano evita polemizar e diz que Tarso é livre para expressar sua opinião

O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, evitou hoje comentar as declarações do ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, que ao se referir ao caso de Cesare Battisti afirmou que pode identificar "influências fascistas" em alguns setores do governo italiano.


"[Ele] é livre para expressar sua opinião, como nós fazemos aqui na Itália", disse La Russa, na tentativa de não alimentar a polêmica.

Tarso, que concedeu refúgio político a Battisti em janeiro sob o argumento de que o italiano estaria ameaçado por um "fundado temor de perseguição" em seu país, disse ontem que há uma tendência no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem caberá a palavra final, de manter o italiano no país por razões "humanitárias e políticas".

Ele também se referiu à Itália, que requer e tem feito pressão para obter a extradição. "A Itália não é um país nazista nem fascista, mas vem sendo constatado um crescimento preocupante do fascismo em parte da população", disse o ministro.

"O fascismo vem ganhando força inclusive em setores do governo", reiterou. Tarso afirmou ainda que alguns membros do governo italiano parecem querer "vingança" de Battisti.

Condenado à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios ocorridos no fim da década de 1970, quando era membro da organização PAC (Proletários Armados pelo Comunismo), Battisti está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Na última quarta-feira, o STF (Supremo Tribunal Federal) recomendou sua extradição, mas delegou o pronunciamento final ao presidente Lula, que pode ou não seguir a indicação.

Também ontem, Tarso descartou a hipótese de que uma eventual negativa do Brasil ao pedido de extradição possa desencadear uma crise diplomática com a Itália.
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