O julgamento do processo foi interrompido no dia 5 de novembro deste ano, quando o ministro José Antonio Dias Toffoli pediu vistas do processo. Toffoli pediu mais tempo para analisar o recibo de R$ 4,5 milhões citado pelo relator Joaquim Barbosa.
A denúncia no caso, que ficou conhecido como mensalão mineiro, foi apresentada pelo ex-procurador geral da República Antonio Fernando Souza.

O inquérito investiga a suposta prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro durante a campanha para a reeleição de Azeredo ao governo de Minas Gerais. No julgamento, os ministros analisarão se a denúncia apresenta indícios de autoria e materialidade dos crimes apontados pelo procurador. Se for aceita, o STF deve abrir ação penal contra o investigado, que se torna réu.

Na denúncia, o senador e outros investigados, incluindo o publicitário Marcos Valério, são acusados de montar e gerir um suposto esquema de "caixa dois" durante a campanha para a reeleição de Azeredo, em 1998. Segundo a denúncia, o caso envolvendo o então governador mineiro foi consequência das investigações do esquema do mensalão no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O processo foi desmembrado no final de 2005. Em novembro de 2007, o Ministério Público apresentou denúncia. Em maio de 2009, o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, decidiu desmembrar o inquérito, acolhendo pedido formulado pelos investigados Eduardo Guedes, Marcos Valério e Cláudio Mourão.

Com a decisão, apenas o senador Eduardo Azeredo, que detém a prerrogativa de ser investigado pela Suprema Corte, continuou sendo investigado no STF. O processo contra os demais acusados foi remetido ao juízo federal de Minas.