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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Oposição começa a coletar assinaturas para abrir CPI contra Arruda na Câmara do DF

Ao mesmo tempo em que articula o pedido de impeachment, a oposição ao governador José Roberto Arruda (DEM) também prepara a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Legislativa do Distrito Federal para investigar o suposto esquema de pagamento de propina para parlamentares aliados. O deputado Reguffe (PDT) começou a coletar nesta terça-feira as assinaturas.


Para a investigação ter início, oito dos 24 distritais terão que apoiar o pedido de criação de CPI. "Não podemos aceitar calados, as denúncias são muito graves. Será uma vergonha se não instalarmos essa CPI", afirmou o pedetista. 

A oposição decidiu dar prioridade ao pedido de impeachment por avaliar que o recesso parlamentar, previsto para iniciar em duas semanas, pode esfriar as denúncias. Outro motivo para a resistência a criação de uma CPI é o número de distritais envolvidos no suposto esquema.

Pelo menos oito parlamentares são citados no inquérito que investiga suposto pagamento de propina do governador para integrantes da base governista.

Para Reguffe, isso não atrapalha a credibilidade das investigações. O pedetista defende, inclusive, que eles assinem o pedido para instalação da CPI. "Eles devem primar por uma investigação profunda", disse.

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa decidiu ontem apresentar representações por quebra de decoro parlamentar contra os oitos deputados citados na operação Caixa de Pandora da Polícia Federal.

A medida envolve o presidente da Câmara, Leonardo Prudente (DEM), a líder do governo, Eurides Britto (PMDB), o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rogério Ulysses (PSB), Júnior Brunelli (PSC), Benício Tavares (PMDB), Pedro do Ovo (PRP), Benedito Domingos (PP), e Roney Nemer (PMDB).

Prudente, Eurides e Brunelli aparecem em vídeos recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa. Na época da gravação, Barbosa era presidente da Codeplan (empresa do DF). Ele colaborou com a operação Caixa de Pandora da Polícia Federal que investiga o suposto esquema.

O presidente da Câmara disse que colocou o dinheiro na meia por questões de segurança. Ele reconheceu que recebeu dinheiro sem declarar à Justiça Eleitoral.

"Quero informar que fui vítima de chantagem. Me foi oferecida ajuda financeira para campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei nas minhas vestimentas em função da minha segurança porque não uso pasta. Tão logo tenha as informações [sobre o processo] eu estaria dando as demais declarações. Vou dizer isso na tribuna da Câmara", afirmou.

O presidente da Câmara Legislativa disse que a Justiça vai avaliar se houve ou não crime eleitoral. "Foi oferecido pelo senhor Durval Barbosa e eu recebi o dinheiro. Eu to afirmando que eu recebi. [A doação] Não foi contabilizada. Se foi [crime], a Justiça é quem vai dizer."
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