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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Presidente da Câmara e outros deputados flagrados em vídeo pedem afastamento

Flagrados em vídeo recebendo suposta propina, os deputados distritais Leonardo Prudente (DEM), Rubens César Brunelli Júnior (PSC) e Rogério Ulysses (PSB) entregaram hoje os cargos que ocupam na Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Prudente é presidente da Câmara. Brunelli é corregedor da Câmara Legislativa do Distrito Federal. E Ulysses é presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa.

Eles são citados na investigação que apura um suposto esquema de corrupção e de pagamento de mesada a políticos da base do governador José Roberto Arruda (DEM).

O afastado deles foi anunciado na reunião de 21 deputados distritais, realizada hoje, para analisar as denúncias de corrupção. Os deputados anunciaram ainda que criaram uma CPI para investigar denúncias de corrupção contra o governo --e não contra os deputados.

Enquanto o afastamento durar, a presidência da Câmara será exercida pelo petista Cabo Patrício, que já sinalizou que a CPI não deve punir os deputados. "O foco da CPI é para investigar o governo. Até porque não existem provas do mensalão. Não podemos entrar no mérito antes do caso ser investigado pela Corregedoria."

A reunião para escolha do novo corregedor substituto ocorrerá na quinta-feira da semana que vem.

Vídeos

Brunelli foi flagrado em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário de Arruda que denunciou o suposto esquema de desvio de verbas públicas e arrecadação de propina de empresas que prestam serviços ao governo do DF. No vídeo, Brunelli reza com outros deputados após dividir o suposto dinheiro da propina.

Prudente foi flagrado em um vídeo gravado em 2006 recebendo dinheiro Durval Barbosa. Na época da gravação, Barbosa era presidente da Codeplan (empresa do DF).

As imagens mostram o próprio Barbosa entregando dinheiro a Prudente. Na sequência, o presidente da Câmara aparece guardando as cédulas nos bolsos do paletó e nas meias.

Prudente afirmou ontem que guardou dinheiro nas meias por questões de segurança. Segundo ele, os recursos foram oferecidos pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa, e não teriam sido declarados à Justiça Eleitoral.

O deputado se disse vítima de chantagem e não revelou o valor da doação. "Quero informar que fui vítima de chantagem. Me foi oferecida ajuda financeira para campanha de 2006. Eu recebi o dinheiro e coloquei nas minhas vestimentas em função da minha segurança porque não uso pasta. Tão logo tenha as informações [sobre o processo] darei mais declarações. Vou dizer isso na tribuna da Câmara", afirmou.
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