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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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crise no governo

PMDB deve ser o próximo a deixar governo Arruda

O PMDB vai discutir na segunda-feira a crise no governo do Distrito Federal, depois que cinco partidos aliados do governador José Roberto Arruda (DEM) retiraram o seu apoio à...

O PMDB vai discutir na segunda-feira a crise no governo do Distrito Federal, depois que cinco partidos aliados do governador José Roberto Arruda (DEM) retiraram o seu apoio à administração do DEM no Distrito Federal --PSB, PPS, PSDB, PDT e PV.


O PMDB pode ser a sexta legenda a desembarcar do governo Arruda se essa for a decisão da executiva do partido no DF.

O presidente do PMDB no DF, deputado Tadeu Filipelli, disse que o partido vai agir com cautela na discussão da crise, apesar de considerá-la "muito grave".

"Com certeza esse será o tema principal da reunião. O partido tem no Distrito Federal um formato expressivo, são mais de 25 mil filiados. Não posso falar em tese, prefiro que a resposta seja a partir dessa reunião", disse à Folha Online.

O PMDB é hoje o partido mais próximo de Arruda, com integrantes que ocupam cargos-chave no governo do DF. No início do governo, os peemedebistas relutaram em entrar na administração uma vez que o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) integrava a legenda. Arruda atribui a Roriz a responsabilidade pelas acusações de participação no esquema do mensalão do DEM no DF.

Houve um racha no PMDB depois que Roriz decidiu lançar-se na corrida pelo governo do Distrito Federal em 2010. O ex-governador deixou o PMDB e se filiou ao PSC, enquanto Filipelli manteve o apoio da legenda à reeleição de Arruda.

A líder do governo na Câmara Legislativa, Eurides Britto (PMDB), foi uma das flagradas pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa recebendo dinheiro do suposto esquema. Britto colocou as notas numa bolsa preta durante reunião no gabinete de Barbosa.

Filipelli disse que o partido vai discutir as acusações, mas sem fazer pré-julgamento dos parlamentares que estariam envolvidos no caso.

O deputado disse que Eurides Britto foi flagrada recebendo dinheiro durante a campanha eleitoral de 2006, numa ação política. "Não tenho direito de antecipar qualquer julgamento. Foi a imagen de campanha política. Seria um crime eleitoral", disse.

Tradicionalmente, o PMDB no DF reúne sua executiva nas primeiras segundas-feiras do mês. A pauta da reunião marcada para a semana que vem será a crise no DF, com foco na possibilidade da legenda sair da administração de Arruda.

Debandada

O PV entregou ontem uma secretaria no governo Arruda, confirmando a decisão do partido de deixar o governo local. A mesma atitude foi seguida pelo PSDB, que também determinou aos dois secretários que deixassem os cargos --além de cerca de cem tucanos que ocupavam funções na gestão Arruda.

O PPS, o PDT e o PSB já haviam formalizado no início da semana a decisão de deixar o governo do DF depois da crise. Imagens realizadas por Barbosa mostram Arruda, secretários de governo e parlamentares da Câmara Legislativa do DF recebendo dinheiro que seria propina de empresários em troca de apoio dos aliados.

Arruda nega as acusações. Em entrevista à Folha, o governador disse que aparece recebendo dinheiro de Barbosa durante a campanha eleitoral de 2006 para a compra de cestas natalinas e panetones. O governador atribui a Roriz a arquitetura das acusações, com o objetivo de evitar a sua reeleição em 2010.
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