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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Após mensalão, Aécio quer aliança com outros partidos

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), avaliou hoje que o chamado escândalo do Mensalão do DEM no Distrito Federal fortalece sua tese de que a aliança oposicionista ao Palácio do Planalto em 2010 deve tentar abranger o maior número de partidos. "Talvez esse episódio fortaleça a ala tucana que quer ampliar a aliança, que quer trazer outros parceiros para a aliança", disse o governador, se referindo ao seu principal argumento na disputa interna com o governador de São Paulo, José Serra.


A declaração de Aécio foi dada ao responder se o episódio envolvendo o DEM, principal parceiro da aliança, poderia reforçar a pressão para que ele aceitasse ser vice de Serra numa chapa puro-sangue. "Não vejo essa relação direta, sinceramente não vejo", disse o governador, que reafirmou a disposição de se lançar candidato ao Senado até o fim do ano ou início de janeiro caso não haja um definição sobre o presidenciável do PSDB.

Apesar de discordar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que disse que as imagens não falam por si - e classificar como "chocantes" e "muito fortes" as cenas em que governador José Roberto Arruda e políticos aliados supostamente recebem recursos oriundos de corrupção, Aécio não deixou de elogiar a gestão do colega.

"O governador Arruda, do ponto de vista da gestão, faz um governo que é reconhecido pela população de Brasília como um governo extremamente eficiente", afirmou o governador, destacando que se surpreendeu "violentamente" com as imagens. "Não nego que o governador Arruda buscou fazer uma gestão do ponto de vista administrativo importante. Obviamente isso tudo fica de alguma forma contaminado por essas ações".

Aécio admitiu que o caso trará desgaste para a oposição em 2010. "Não há porque desconhecer isso, alguns desgastes existem. Nós vamos ter de contabilizá-los no momento eleitoral", disse.

Para ele, o governador do Distrito Federal necessita de explicações convincentes para não ser expulso do partido. "As cenas são chocantes e as acusações me parecem extremamente graves", salientou. "Cabe aos Democratas tomar a decisão final, mas pelo que eu tenho lido e ouvido, está disposto a tomar a decisão final se as explicações não forem convincentes".
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