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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Temer pede à Justiça cópia de documento que mostra seu nome em suposta lista de construtora

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse nesta quarta-feira que vai solicitar à Justiça cópia do documento que mostraria o seu nome ao lado de uma suposta doação de R$ 410 mil da construtora Camargo Corrêa durante a campanha eleitoral de 1998.


A denúncia foi publicada hoje pelo portal iG com base em planilha encontrada pela Polícia Federal durante a Operação Castelo de Areia --que apura supostos crimes cometidos por diretores da Camargo Correa e doações feitas a partidos-- na casa de Pietro Francesco Giavina Bianchi, diretor da construtora.

Temer disse que pode responsabilizar judicialmente os responsáveis por produzir o material, assim como aqueles que o reproduziram.

"Amanhã estarei entrando com petição perante o juízo desse inquérito. Eu quero os documentos referentes ao meu nome para responsabilizar aqueles que ou produziram ou o divulgaram. Daqui a pouco vou fazer listas com nomes datilografados e vou espalhar para o país", ironizou.

Temer voltou a classificar as denúncias de "infâmia" e negou ter recebido dinheiro não declarado à Justiça Eleitoral da Camargo Corrêa.

"Não há nexo causal entre a eventual colaboração e as obras da Camargo Correa. O que recebi foi oficialmente, nessa última campanha, nada mais do que isso. Quero dizer em letras garrafais: trata-se de uma infâmia, de uma coisa vil, de gente vil que usa o nome das pessoas para chamuscar o seu prestígio."

Ao mencionar o episódio do mensalão do DEM no Distrito Federal, Temer disse que as denúncias vêm à reboque de uma crise política. "Aproveitam-se de tantos outros escândalos, e me entristeço com eles, para tentar macular nomes de pessoas que não têm nada a ver com a história."

O peemedebista disse ser "uma pena" que a disputa pré-eleitoral resulte em ataques pessoais contra políticos. "As pessoas têm que ter responsabilidade. Eu pelo menos não admito que joguem lama no meu nome. Isso eu não vou admitir, por menor que seja a lama", disse.

Segundo a reportagem do iG, a planilha de 54 folhas foi apreendida pela equipe da delegada Karina Murakami Souza na manhã do dia 25 de março, quando foi desencadeada a operação Castelo de Areia, que investiga a empreiteira pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, além de um suposto esquema de caixa dois para financiar partidos políticos.
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