O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), disse hoje que o escândalo do mensalão no Distrito Federal (DF), envolvendo o governador José Roberto Arruda, seu colega de partido, não abala a parceria do DEM com o PSDB. "Nada muda a nossa aliança, que é sólida. Ela existe em São Paulo e em diversos outros municípios e continuará existindo", afirmou.
Kassab reconheceu que o caso desgasta a imagem do partido e dá munição ao Partido dos Trabalhadores, mas acredita que, mais à frente, a percepção será de que esse é um caso à parte. "O PT pode usar. É um fato concreto, é um governador envolvido e todos pagam pelos seus erros. Mas vai ficar claro com o tempo que é uma questão isolada", afirmou.
O prefeito da capital paulista disse ainda que não está em discussão entre DEM e PSDB a formação de uma chapa puro-sangue para a disputa à Presidência da República, como querem alguns setores tucanos. Segundo o prefeito, no momento certo, a aliança vai definir o que é positivo para o processo eleitoral.
Kassab voltou a dizer que as acusações contra Arruda são "gravíssimas e com muita consistência" e espera que as apurações sejam encerradas o mais breve possível, com punições "exemplares". O prefeito participou hoje da entrega da primeira fase do piscinão Anhanguera, na Estrada Turística do Jaguaré, zona oeste da capital, uma obra do governo estadual.
A respeito do fato de o governo do Distrito Federal ter contratado a Uni Repro, empresa que abastecia o esquema do mensalão do DEM, usando como base o contrato e o registro de ata de preços firmados pela Prefeitura de São Paulo, Kassab disse que a prática é comum no serviço público. "O importante é que tudo seja feito com transparência. Aqui em São Paulo, as contratações são feitas com transparência e fiscalização".
Kassab disse ter pedido aos seus secretários uma sindicância e um levantamento da situação da empresa com a Prefeitura de São Paulo.