Em meio à crise no Distrito Federal, após as denúncias envolvendo o governo de José Roberto Arruda (DEM), a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) encaminhou ontem ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) um requerimento cobrando providências para a criação de uma Política Judiciária de Combate à Corrupção.
Segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares, há mais de dois anos e meio, a associação sugeriu que o CNJ tomasse medidas no sentido de regulamentar, normatizar, recomendar e fiscalizar que os magistrados e os tribunais brasileiros dessem prioridade ao julgamento de processos relativos à corrupção e defesa do patrimônio público que envolvem agentes públicos.
A associação também defende o fim do foro privilegiado e a criação, estruturação e difusão de varas e câmaras especializadas para julgar crimes cometidos por detentores de foro privilegiado.
Para a AMB, a lentidão nos julgamentos dessas ações estimula a impunidade. "É preciso dar celeridade e uma resposta mais ágil e eficaz à sociedade sobre esses escândalos contra o erário público", afirma o presidente da entidade.
"Não é em virtude do escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal. Essa é uma preocupação antiga da AMB", reiterou.