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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Morador de Brasília protocola 16º pedido de impeachment contra Arruda

Nem o recesso dos deputados distritais do Distrito Federal, nem o clima de fim de ano que deixa a Câmara Legislativa às moscas fez o servidor público Altivo Dostoiewski Martins desistir de protocolar nesta terça-feira (29) mais um pedido de impeachment contra o governador do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Arruda é acusado de comandar um suposto esquema de distribuição de propina a aliados do governo.


“Eu acho que se os fatos se comprovarem, conforme estão denunciados, eles realmente indicam que uma máfia tomou conta do poder em todos os poderes: legislativo, judiciário e executivo. O meu interesse é simplesmente o cumprimento de um dever de cidadania”, disse Altivo Martins.

O pedido de Altivo está baseado no artigo 98 do Estatuto do Democratas, que diz: se o filiado eleito se desligar do partido durante o mandato, perderá automaticamente o cargo. No dia 11 de dezembro, Arruda fez um pronunciamento onde anunciou a saída do DEM. “Tomo a difícil decisão de deixar a vida partidária, desligando-me neste momento do partido Democratas”, afirmou Arruda ao anunciar sua saída do partido.

Apesar da desfiliação de Arruda e do que diz o estatuto, o secretário geral do Democratas, Flávio Curi, disse nesta terça-feira (29) que o partido não vai fazer nada, porque para eles o assunto está resolvido. A principal preocupação é com as eleições do próximo ano. Já o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que não pode agir, a não ser que seja provocado. Nesse caso, Arruda correria o risco de perder o cargo.

O escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados. Repasses de dinheiro foram registrados em vídeos e entregues à PF por Durval Barbosa, ex-secretário do governo do DF, que denunciou o esquema.

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