Os deputados da CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal se reúnem amanhã com o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, para discutir como será feita a segurança durante o depoimento do ex-secretário Durval Barbosa, autor das denúncias contra o governo José Roberto Arruda (sem partido).
Barbosa conta com o serviço de proteção à testemunha. A reunião está marcada para as 14h30, na sede da PF, em Brasília.
A expectativa é que o depoimento aconteça em no máximo 30 dias. Na última quinta-feira (14), a CPI aprovou por unanimidade a convocação do ex-secretário de Relações Institucionais do governo do DF.
Também foram chamados para depor representantes de 23 empresas que são alvo de investigação do STJ (Superior tribunal de Justiça) e do Ministério Público Federal. Entre as empresas está o Grupo Paulo Octávio, que pertence ao vice-governador do DF.
A base governista resistia em aprovar o depoimento do delator, mas foi convencida de que adiar a votação do requerimento poderia aumentar o desgaste que a Casa vem sofrendo pela investigação.
A nova estratégia da base governista é desqualificar Barbosa durante o depoimento, mostrando que ele não tem credibilidade para sustentar as acusações.
Segundo o STJ, apesar de Barbosa participar do serviço de proteção, ele tem poder para decidir se quer ou não prestar as informações aos deputados distritais. Se o ex-secretário preferir não depor, ele pode recorrer à Justiça.
Na semana passada, os governistas rejeitaram o pedido da oposição para substituir o nome da CPI da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) por CPI da Corrupção.
Barbosa comandou a Codeplan durante a gestão do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) até ser chamado para ocupar o primeiro escalão de Arruda.