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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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CPI da Corrupção na Câmara do DF adia mais uma vez eleição de novo presidente

O vice-presidente da CPI da Corrupção na Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Batista das Cooperativas (PRP), cancelou pelo segundo dia consecutivo a eleição do novo presidente da comissão.

O vice-presidente da CPI da Corrupção na Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Batista das Cooperativas (PRP), cancelou pelo segundo dia consecutivo a eleição do novo presidente da comissão. A expectativa é que a escolha do novo ocupante do cargo ocorra na próxima quinta-feira, deixando a CPI mais uma semana sem atividade.


Líder do governo na Câmara local, Batista afirmou que o novo adiamento foi motivado porque o DEM ainda não indicou o substituto da deputada Eliana Pedrosa (DEM), que renunciou ontem à vaga do partido na CPI.

Outro argumento é que a direção da Casa não publicou no "Diário Oficial" da Câmara Legislativa a nova composição das bancadas, provocada pelo fim do bloco do PPS com o PMDB, anunciado na terça-feira, e que retirou da presidência da CPI o deputado Alírio Neto (PPS).

Segundo o deputado, a separação dos partidos exige uma nova arrumação e, portanto, pode influenciar diretamente na composição da CPI.

Os aliados ainda buscam um substituto para a vaga de Eliana, que é ex-secretária de Desenvolvimento Social do governador José Roberto Arruda (sem partido), um dos alvos da CPI.

Para a vaga da deputada, deveria assumir o deputado Geraldo Naves (DEM), mas ele já estava como titular porque foi indicado pelo PMDB para a cadeira de Alírio Neto, ex-secretário de Justiça e que foi pressionado pelo comando do PPS a atuar contra Arruda.

O DEM vai oferecer o posto da deputada para outro aliado --um dos nomes em avaliação é do deputado Cristiano Araújo (PTB). Os aliados trabalham para deixar a presidência da CPI nas mãos de Naves, amigo do governador e suplente de Paulo Roriz (DEM), secretário de Habitação de Arruda.

Segundo Eliana Pedrosa, ela deixou a vaga para garantir mais credibilidade às investigações. "[Saio da CPI] Observando o princípio da proporcionalidade partidária, para que haja uma composição mais justa e heterogênea, maior transparência e para que não paire dúvidas quanto à seriedade do processo de investigação."

Mesmo com a saída dos ex-secretários, a CPI da Corrupção vai continuar controlada por governistas.

O relator, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), ex-secretário de Justiça, e o deputado Batista das Cooperativas (PRP), prometem ditar o ritmo da apuração. O único representante da oposição da CPI é o deputado Paulo Tadeu (PT).

As investigações começaram no dia 11 de janeiro, mas ainda não trouxeram resultados. Os distritais nem encaminharam ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o requerimento aprovado que pedia cópia do inquérito que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal.

Nem mesmo o depoimento de Durval Barbosa, delator do esquema, a CPI conseguiu viabilizar. Diante da disputa entre governo e oposição sobre a participação de Barbosa, o delator pediu o adiamento, alegando que não poderia entrar em um ringue político.
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