Olhar Direto

Sexta-feira, 19 de julho de 2024

Notícias | Política BR

Oposição endossa discurso de FHC e classifica Dilma de "liderança de silicone"

Parlamentares da oposição ocuparam a tribuna do Senado nesta terça-feira para criticar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) numa tentativa de demonstrar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não está isolado nos ataques à pré-candidata petista. Depois de líderes do PT afirmarem que FHC partiu para o ataque sozinho, os tucanos reagiram classificando Dilma de "liderança de silicone".


"Essa liderança de silicone que está construída, falsa, bonita por fora, mas falsa por dentro, sem dúvida nenhuma precisa começar a ser desmascarada adequadamente. A ministra Dilma não significa, em termos de liderança popular, coisa alguma nesse país. Sobrevive apenas na liderança de um terceiro", disse o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Tasso acusou Dilma de inflar números do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e outros programas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, por isso desafiou os petistas a realizarem uma comparação direta com a gestão tucana sem "inflacionar" números. "A ministra tem faltado com a verdade em frequência recorrente para inflar números, como fez com o seu currículo."

Depois de Tasso, pelo menos sete senadores do PSDB fizeram discursos com críticas à ministra e ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva --assim como peemedebistas contrários ao governo e parlamentares do DEM.

O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirmou que Dilma decidiu comparar a gestão Lula com a FHC porque não sustenta sua imagem na comparação direta com o pré-candidato tucano, governador José Serra (SP). "Toda essa discussão, governo FHC, governo Lula, isso é coisa de marqueteiro. O marqueteiro lá disse que não dá para comparar a ministra Dilma com o candidato José Serra. A ministra é pessoa honesta, correta, mas não é simpática, gosta de enquadrar os outros", afirmou.

Num ataque direto ao governo Lula, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o PAC se tornou uma "sigla para publicidade oficial do governo". "Quantas obras do PAC inaugurou o presidente nesses sete anos? A campanha eleitoral antecipada tem se utilizado de visitações do presidente a obras consideradas do PAC. Mas já são sete anos, e nós não vemos obras inauguradas", afirmou.

Para o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), Dilma está em campanha eleitoral antecipada ao inaugurar uma série de obras ao lado do presidente Lula. "Se isso não é campanha eleitoral, então o que é campanha eleitoral? O presidente da República fica acima do bem e do mal, tem que ser figura bajulada por todos."

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) disse que Dilma está "forçando uma identidade" junto à opinião pública para conseguir se eleger. "Hoje foi a terceira vez que vai a Minas este ano, ela não ia tanto assim. Hoje, ela cometeu mais uma gafe. Em Governador Valadares, disse que estava em Juiz de Fora. Está forçando uma identidade por causa da eleição", afirmou.

Reação

Os petistas presentes no plenário do Senado saíram em defesa de Dilma na ofensiva contra os tucanos. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que a ministra não é um "reflexo" do presidente Lula, como argumenta o ex-presidente Fernando Henrique.

"Todos nós do PT hoje reconhecemos os méritos da ministra Dilma Rousseff, exatamente a sua capacidade de bem coordenar os diversos planos. No sábado, dia 20 de fevereiro próximo, ela será efetivamente saudada como uma líder verdadeira, não será apenas o reflexo de um líder, que, aliás, é tão significativo, de fato, e reconhecido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou.

O senador João Pedro (PT-AM) disse que a oposição não pode "diminuir o debate" disparando críticas a Dilma. "Diminui o debate tratar ministra de Estado como falsa líder, mulher que mente, forja números. Não ajuda. Dizer que é liderança de silicone, não ajuda. A responsabilidade que tem o PSDB, o PT, os partidos aliados, é de discutir projetos do Brasil."

Para a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), Dilma nunca esteve na sombra de Lula. "Ela não faz campanha pelo Brasil afora, está trabalhando. É uma mulher de muito trabalho, competência técnica e compromisso político. O Brasil tem a primeira vez a chance de ter uma mulher presidente da República."
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet