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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Pressionado pelo partido, Paulo Octávio deixa presidência do DEM no DF

Pressionado pela Executiva Nacional, o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octavio, deixou nesta sexta-feira a presidência do diretório regional do DEM. Em carta, Paulo Octavio, que também é suspeito de envolvimento no esquema de corrupção, afirma que a decisão é para garantir maior liberdade de atuação no governo e ampliar o diálogo com outras legendas.


"Tendo assumido na data de ontem, o exercício do governo do Distrito Federal, [...] entendo que para ter maior liberdade de interagir com as mais legendas do Distrito Federal, faz-se necessário o meu licenciamento da presidência do partido e, de acordo com o estatuto, indico para substituir-me, durante o período de afastamento, o vice-presidente e deputado federal Osório Adriano", afirma Paulo Octavio no documento.

Sérgio Lima/Folha Imagem

STJ determinou prisão de Arruda (foto) e mais cinco por tentativa de suborno no DF
Segundo o secretário-geral do DEM no DF, Flávio Couri, Paulo Octavio --que assumiu ontem o governo após a prisão do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido)-- não está incluído na decisão da Executiva Nacional de que seus filiados que ocupam cargos no governo do Distrito Federal devem deixá-los até a próxima quarta-feira, sob pena de sofrerem sanções impostas pela legenda.

"O Paulo Octávio é uma exceção porque ocupa o governo. Neste caso, não há como o partido exigir isso", disse.

O DEM impôs ontem a debandada do governo do DF depois da prisão de Arruda. A decisão envolve dois amigos pessoais de Arruda, o secretário Alberto Fraga (Transporte) e o secretário Roberto Giffoni (Ordem Pública).

"A Executiva Nacional do Democratas comunica aos seus filiados ocupantes de cargos no Governo do Distrito Federal que, independentemente de quem esteja respondendo pela chefia do Poder Executivo local, o prazo fatal para a desocupação dos mesmos é o primeiro dia útil após o feriado de Carnaval", diz a nota.

Segundo o DEM, a "eventual inobservância da determinação sujeitará o filiado às sanções disciplinares previstas no Estatuto do partido".

Ontem, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decretou, por 12 votos a 2, a prisão de Arruda e mais cinco pessoas envolvidas na tentativa de suborno do jornalista Edson dos Santos, o Sombra. O tribunal decidiu ainda pelo afastamento de Arruda do governo do DF.

Além de Arruda, o STJ determinou a prisão do ex-deputado Geraldo Naves (DEM); Weligton Moraes, ex-secretário de Comunicação; Rodrigo Arantes, sobrinho do governador; Haroaldo Brasil de Carvalho, diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília); e Antonio Bento da Silva, conselheiro do Metrô. Silva, no entanto, já está preso desde a semana passada.
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