O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado que a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial "é um projeto coletivo do partido". No 4º Congresso Nacional do PT, realizado em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a defesa da pré-candidatura, que deverá ser, em seguida, referendada pelos delegados, para que seja então oficializada no partido.

"A ministra Dilma Rousseff é um projeto coletivo do conjunto do partido. Ela nunca foi candidata de uma tendência e nem candidata de si própria", disse Padilha, acrescentando que a ministra enfrentou muitos questionamentos pelo fato de ser mulher e ser de esquerda. "Ela nunca operou pessoalmente para ser candidata."

Padilha disse ainda que Dilma ficará à frente da Casa Civil até "o último segundo que a lei permitir". "Ela ainda tem muito a fazer no governo. Há uma série de decisões a serem tomadas agora em março, um conjunto de obras a serem vistoriadas e ela também está dedicada à conclusão do anúncios do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento)", afirmou. "Não queremos que a próxima presidente assuma como o presidente Lula assumiu, sem projeto, sem orçamento."

Aliança com PMDB
O ministro afirmou que o presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP), estará presente ao evento deste sábado. "As relações com o PMDB são as melhores possíveis. O que fortalece a nossa aliança é o compromisso construído em oito anos de governo Lula", disse.