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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Deputado tucano compara reação do PT ao caso Bancoop com Maluf

O deputado José Aníbal (PSDB) criticou nesta segunda-feira a reação de líderes do PT à investigação do Ministério Público de São Paulo sobre supostos desvios de dinheiro da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) que envolvem o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.


O tucano comparou o comportamento do deputado Fernando Ferro (PT-SP) com o do deputado Paulo Maluf (PP-SP) sobre as investigações dos promotores.

"A postura dele [Ferro] me lembra muito a do Maluf: falar mal do promotor", afirmou Aníbal, que hoje pela manhã participou de um debate com Ferro sobre caso em uma rádio de São Paulo. "O que me preocupa no PT é esse fato: os fins justificam o meio", disse.

Pré-candidato ao Senado, Aníbal terá a função de bater no PT durante a campanha eleitoral deste ano. "O debate com o PT vai ser muito difícil nesta eleição", disse.

Os governistas deflagraram operação de defesa a Vaccari, que será o responsável pelas finanças da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República.

Hoje, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), desafiou o promotor José Carlos Blat, que investiga o caso Bancoop, a provar que Vaccari Neto sacou recursos em dinheiro no suposto esquema de desvio de verba da Bancoop.

Vacarezza disse que, se o promotor comprovar que houve saques em dinheiro, o petista renuncia ao seu mandato na Câmara.

"Se tiver R$ 30 milhões ou R$ 100 milhões de saque na boca do caixa, renuncio ao meu mandato. Se não tiver, ele renuncia ao cargo dele no Ministério Público", afirmou.

De acordo com reportagem da revista "Veja" desta semana, o promotor analisou mais de 8.000 páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro.

Segundo a denúncia, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT. Para Blat, há indícios de caixa dois, uma vez que os recursos repassados ao partido não constam dos registrados da Justiça Eleitoral.
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