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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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‘Temo pela vida de Arruda’, diz deputado que o notificou de impeachment

O deputado Batista das Cooperativas fala à imprensa, nesta segunda-feira (8), sobre a notificação de abertura do processo de impeachment do governador afastado do DF, José Roberto Arruda (Foto: Wilson Dias/ABr)O deputado distrital Batista das Cooperativas (PRP) disse nesta segunda-feira (8) que “teme pela vida” do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). Batista notificou às 18h35, à revelia, o governador da abertura pela Câmara do processo de impeachment. Arruda tem agora 20 dias para apresentar sua defesa à Casa.


“Eu temo pela vida do governador. Fiquei preocupadíssimo com o estado que ele está. Passado emocionalmente, com diabetes avançada, caminhando para trombose, com pés absurdamente inchados”, afirmou Batista a jornalistas. “Estou preocupado com um ser humano que está recluso há mais de 20 dias em uma sala, que não é uma masmorra, mas que está longe de ser um espaço físico adequado para quem um quadro de diabetes. Senti o governador muito apático, está num estado deplorável”, disse.

Batista reclamou da operação que foi montada para levar Arruda a um hospital particular em Brasília, com escolta policial. “Ele [Arruda] não vai sair correndo. Pela idade que ele tem, pela idade que nós temos, se correr, tem alguns policiais jovens que o alcançariam”, afirmou.

O deputado afirmou que Arruda não era “o mesmo homem de sexta-feira” –data em que tentou notificá-lo pela primeira vez e na qual o governador, segundo Batista, chegou a destratar o procurador-geral da Câmara, Fernando Nazaré, chamando-o de “capacho do PT.”

Batista das Cooperativas disse que Arruda leu a notificação e o parecer da Câmara Legislativa, mas se recusou a assiná-la. Dois policiais federais, então, serviram como testemunhas e o governador passou a ser considerado notificado. De acordo com o deputado, o governador afastado do DF estava com uma advogada.

A assessoria do Superior Tribunal de Justiça (STJ) informou nesta segunda-feira que a defesa de Arruda entrou com pedido formal para que ele seja atendido por um médico particular. Segundo a assessoria, não há data para o tribunal decidir sobre a petição.


Mensalão do DEM
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília, também investigado pela CPI, começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação. No inquérito, Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.

Arruda está preso na superintendência da Polícia Federal desde o dia 11 de fevereiro por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de tentar subornar uma testemunha do caso. O vice-governador, Paulo Octávio, que assumiu o cargo interinamente, renunciou no dia 23 de fevereiro. Com a renúncia, o cargo de governador interino do Distrito Federal foi assumido pelo presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR).
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