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Sábado, 20 de julho de 2024

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Veja a cronologia das denúncias envolvendo o governo do Distrito Federal

Veja a cronologia do escândalo de corrupção envolvendo o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), acusado de participar de um esquema de corrupção no Distrito Federal. O esquema consistiria na arrecadação e distribuição de recursos para a base aliada de Arruda na Câmara Legislativa local.


Novembro

Com autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a Polícia Federal deflagra no dia 27 de novembro a Operação Caixa de Pandora, que inicialmente investigava a fraude em licitações no governo do Distrito Federal. Foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão. As buscas incluíram a residência do governador e de seus aliados. A PF apreendeu R$ 700 mil em dinheiro, US$ 30 mil e 5.000 euros nos 24 endereços onde foram realizadas as ações de busca e apreensão.

Um dos vídeos gravados pelo ex-secretário Durval Barbosa mostra Arruda recebendo dinheiro. Outros vídeos com aliados do ex-governador recebendo dinheiro são divulgados. Em troca de redução de pena, Barbosa fez um acordo de delação de pena e flagrou supostos pagamentos de propina a políticos do DF.

No dia 30 de novembro, Arruda faz o primeiro esclarecimento público sobre as denúncias de corrupção. Ele disse que vai "lutar até o fim" para provar que é inocente das acusações

Dezembro

Depois de ser pressionado pelo DEM, no dia 10 de dezembro, Arruda anuncia que sairá do partido e diz que não irá disputar as eleições para evitar constrangimentos a colegas.

Em 9 de dezembro, Câmara do DF cria a CPI da Corrupção para investigar o esquema de desvio de recursos públicos em contratos do GDF (Governo do Distrito Federal) com empresas, especialmente, na área de tecnologia.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, Durval Barbosa confirma no dia 21 de dezembro aos procuradores que o esquema de corrupção começou no governo de Joaquim Roriz, em 2002.

No dia 23, o deputado Leonardo Prudente, então presidente da Câmara Distrital, também deixa o DEM depois de ser ameaçado de expulsão. O distrital ficou conhecido por ter sido gravado guardando o dinheiro na meia.

Janeiro

A CPI da Corrupção é instalada no dia 11 de janeiro. Como a maioria dos deputados é da base aliada, sucessivas manobras são feitas para adiar as investigações.

No dia seguinte, o ministro Fernando Gonçalves, do STJ, anuncia a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-governador e outros 13 envolvidos no chamado esquema do mensalão do DEM.

Decisão do juiz Vinicius Santos Silva, 7ª Vara Pública da Fazenda, afasta oito distritais das investigações. A autoconvocação em janeiro da Câmara termina sem avançar na análise dos três pedidos de impeachment.

Fevereiro

No dia 4 de fevereiro, a Polícia Federal filma uma suposta tentativa de suborno do servidor aposentado Antônio Bento da Silva a uma testemunha do inquérito. No momento do flagrante, que foi armado pela PF, Silva entregava uma sacola com R$ 200 mil para o jornalista Edson dos Santos, o Sombra.

No dia 11 de fevereiro, o STJ decreta a prisão de Arruda. Ele se apresentou à Polícia Federal em Brasília e pediu licença do cargo. Além de Arruda, o STJ determinou a prisão do ex-deputado Geraldo Naves (DEM); Weligton Moraes, ex-secretário de Comunicação; Rodrigo Arantes, sobrinho do governador; Haroaldo Brasil de Carvalho, diretor da CEB (Companhia Energética de Brasília); e Antonio Bento da Silva, que já estava preso.

Com a prisão de Arruda, o vice-governador Paulo Octávio (DEM) assume interinamente o governo do DF.

Logo após o STJ decidir pela prisão de Arruda, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ingressa no STF com pedido de intervenção federal no Distrito Federal. A alegação de Gurgel é de que há no governo do DF uma "verdadeira organização criminosa" comandada por Arruda.

No dia 18, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprova os quatro pedidos de impeachment contra Arruda. No dia seguinte, Arruda é transferido para uma sala menor dentro do prédio da Polícia Federal.

Sem apoio dos aliados na Câmara Legislativa e sob ameaça de expulsão do DEM, Paulo Octávio decide no dia 23 sair do partido e renunciar ao cargo.

Com a renúncia, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson Lima (PR), assume o governo enquanto Arruda estiver afastado do cargo.

Março

Por nove votos a um, os ministros do STF negaram no dia 4 de março o pedido de liberdade de Arruda. Ao falar em defesa de Arruda, o advogado Nélio Machado disse que seu cliente é "bode expiatório" e quer ter apenas o direito de se defender das acusações.

No dia 16 de março, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal cassa o mandato de Arruda por desfiliação partidária. A maioria dos integrantes da Corte seguiu o voto do relator Mário Machado, e defendeu que Arruda deixou o DEM sem respaldo legal, mesmo estando ameaçado de expulsão.

Em 18 de março, Arruda sai da prisão para ir ao Instituto de Cardiologia, onde passa a noite para uma bateria de exames cardíacos. Os exames foram pedidos pelo médico do ex-governador, Brasil Caiado.

O ex-governador desiste no dia 22 de março de recorrer contra a decisão do TRE. Com a desistência, ele deixa oficialmente de ser governador do DF.

Abril

Por oito votos contra cinco, o STJ manda soltar nesta segunda-feira Arruda e mais cinco aliados que estavam presos por atrapalhar as investigações do mensalão.

Na tarde de hoje, Arruda deixa a Superintendência da Policia Federal, onde estava desde o dia 11 de fevereiro.
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