O senador Aloisio Mercadante, pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, defendeu, nesta sexta-feira (30), a redução das tarifas de pedágio no estado. Ele disse que houve um “abuso tarifário” no pedágio em São Paulo e afirmou que isso prejudica a economia paulista. As declarações foram dadas em Santos, onde participou de um encontro com empresários junto com a ex-ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência da República.
Segundo o pré-candidato petista, o valor das tarifas no estado se deve a uma taxa de retorno de 20% que ele considera “muito alta”. Mercadante comparou esse dado com a taxa de retorno adotada pelo governo federal, segundo ele, de 8,5%, e afirmou que esse percentual menor agora foi adotado nas obras do Rodoanel. Além disso, afirmou que houve a prorrogação de contratos sem licitação, o que, na visão dele, desperdiçou a possibilidade de se reduzir o preço cobrado.
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Dilma diz ser contra revanche e apoia decisão do STF sobre anistia Tese de repetir candidato reforçou escolha de Mercadante em SP “Isso prejudica a competitividade. São Paulo vem perdendo indústrias para outros estados, em parte pela guerra fiscal, em parte pelo custo do pedágio, o que prejudica a economia paulista. Um caminhão de seis eixos que ande o ano inteiro só no estado de São Paulo gasta em torno de R$ 117 mil de combustível e R$ 113 mil de pedágio. Ele tem, praticamente em um ano, um custo semelhante de diesel e pedágio”, citou.
Na véspera, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador paulista José Serra, foi questionado sobre as declarações de Mercadante, que já havia criticado as tarifas de pedágio. O tucano não quis rebater os argumentos do petista. "Eu tenho tanta coisa para fazer, não poderia haver perda de tempo maior do que comentar qualquer coisa deste personagem", criticou Serra. Procurada pelo G1, a assessoria do governo do estado de São Paulo informou que ninguém na adminstração vai comentar as declarações.
Mercadante também participou de um almoço com Dilma e prefeitos da região em Cubatão. No restaurante onde foi realizado o almoço, ele pediu, num palco improvisado com bandeira do PT e microfone, que os eleitores o levem para o segundo turno para que possa ser feito um "debate" de ideias. O PSDB deve lançar a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin para o Palácio dos Bandeirantes.
