Os 105 membros do Diretório do PSDB de São Paulo se reúnem hoje para decidir se o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira irá disputar o Senado ou se a escolha do candidato será feita na convenção marcada para junho. O deputado José Aníbal também disputa a vaga. A votação, que será feita em um hotel em São Paulo, será secreta.

Na segunda-feira passada, a Executiva do partido, que tem 20 membros, aprovou duas resoluções. A primeira prevê a escolha do ex-governador Geraldo Alckmin como candidato ao governo e Guilherme Afif Domingos, do DEM, a vice. No Senado, o candidato seria Aloysio, que teria que o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) como companheiro de chapa.

A segunda resolução defende a escolha do candidato ao Senado na convenção em junho quando votarão cerca de 3.800 delegados. Aníbal afirma ter garantido cerca de metade do Diretório Estadual.

Se o pedido de Aníbal for aceito, o lançamento da chapa tucana em São Paulo, marcado para o dia 8 de maio no Expo Center Norte, pode atrasar.

A disputa pela vaga pode trazer de volta o racha no partido entre serristas e alckministas da eleição municipal de 2008. Na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o grupo ligado ao pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendia a candidatura do então vice Gilberto Kassab (DEM), enquanto os tucanos ligados a Geraldo Alckmin queriam a candidatura própria com o ex-governador.

Agora nestas eleições, os serristas querem Aloysio como candidato tucano ao Senado. Já os tucanos ligados a Alckmin, que irá concorrer ao governo paulista, defendem a candidatura de Aníbal.

No partido, a divisão é tratada com discrição já que os dois grupos estão acomodados no governo paulista --que agora está nas mãos de Alberto Goldman. Oficialmente, o comando da campanha do ex-governador nega preferência por um dos candidatos.

Em janeiro do ano passado, Alckmin foi nomeado a Secretaria de Desenvolvimento do Estado. Mesmo com a "anistia" pela entrada de Alckmin, o racha evidenciado na eleição municipal voltou em fevereiro de 2009 na disputa pela liderança do PSDB na Câmara, quando Aníbal foi eleito líder.