O Ministério Público Estadual denunciou hoje à Justiça nove pessoas suspeitas de integrar quadrilha que desviava dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa do Paraná.

Entre os denunciados está o ex-diretor-geral da Assembleia Abib Miguel, conhecido como Bibinho, dois auxiliares seus e outras seis pessoas de uma mesma família. Segundo a denúncia, elas emprestaram os nomes para constar como funcionários em cargos comissionados, mesmo não dando expediente na Assembleia.

Bibinho e seus ex-auxiliares José Ary Nassif e Cláudio Marques da Silva foram denunciados sob suspeita de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato.
Os três ficaram em silêncio quando prestaram depoimento à Promotoria.

O advogado de Bibinho afirmou que não irá se manifestar à imprensa. A Folha não localizou os defensores de Nassif e Silva.

"Todos os fatos referem-se à contratação de parentes do funcionário João Leal de Matos, lotado na diretoria-geral, que teria gerado prejuízo, em valores não atualizados, de mais de R$ 13 milhões", disse a Promotoria em comunicado.

Segundo a Promotoria, Matos arregimentou os demais parentes também denunciados para serem nomeados como funcionários comissionados na diretoria comandada por Bibinho. Matos também ficou em silêncio durante seu depoimento.

As irmãs e a sobrinha de Matos não foram denunciadas pelo Ministério Público do Paraná. Embora tivessem sido presas junto com todos os demais denunciados hoje, os promotores concluíram que elas "não contribuíram conscientemente com os fatos e que teriam sido apenas usadas no esquema".