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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Alunos de Direito da USP fazem paralisação e pedem saída de vice-diretor

Após um ato de protesto na noite de quarta-feira (12) no Pátio das Arcadas (região central de SP), os alunos da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo) permanecem paralisados até a manhã de sexta-feira (14). Eles pedem a renúncia do vice-diretor da faculdade, Paulo Borba Casella (leia mais abaixo).


Os alunos protestam contra a transferência dos livros das bibliotecas departamentais do prédio histórico do largo do São Francisco para um imóvel na rua Senador Feijó. O Ministério Público entrou com uma medida cautelar, acatada pela Justiça, para que a Diretoria da Faculdade de Direito da USP transfira os livros que estavam encaixotados na biblioteca da rua Senador Feijó para o antigo prédio, no largo.

A secretária de organização do Centro Acadêmico XI de Agosto, Amanda Claro, afirmou que os alunos querem que o reitor da USP, João Grandino Rodas, seja responsabilizado pelos prejuízos que os livros sofreram durante a transferência.

"Foi um ato irresponsável do reitor Rodas, quando ele ainda era diretor da Faculdade de Direito, em janeiro. Ele não consultou os alunos sobre a transferência. O reitor justificou a mudança com a necessidade de mais salas disponíveis. Com a transferência dos livros, oito salas ficaram desocupadas sendo que a demanda era de apenas duas", disse a estudante.

De acordo com os alunos, o prédio da rua Senador Feijó não tem vistoria do Corpo de Bombeiros e possui vazamentos de água. "Alguns livros já foram prejudicados. Vamos fazer um levantamento de quantos foram", disse Claro.

Diretoria

Na tarde hoje, professores, alunos e funcionários participaram da reunião da congregação da Faculdade de Direito. Em frente ao prédio, os estudantes pediram a renúncia de Casella.

De acordo com a secretária do centro acadêmico, Casella agiu fora da legalidade e não há mais legitimidade para ele continuar no cargo. "No fim de semana, quando o diretor Antonio Gomes Magalhães Filho estava hospitalizado, Casella se aproveitou da situação para tentar revogar a ordem do diretor de que os livros voltassem para o prédio histórico. Alguns professores consideraram isso como um ato criminoso", afirmou a estudante.

Ainda de acordo com ela, Casella foi impedido pela comissão das bibliotecas instituída pelo diretor da faculdade para acompanhar as transferências.

O reitor da USP não respondeu, até as 18h, o pedido de entrevista da Folha. Casella não foi encontrado no Departamento de Direito Internacional da faculdade.
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