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Sábado, 20 de julho de 2024

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Serra entrega proposta para apoio do PP a Yeda no RS

O pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, que nesta quinta (20) cumpriu agenda no Rio Grande do Sul, foi pessoalmente à sede do Partido Progressista do Estado. Acompanhado por lideranças tucanas, ele entregou aos dirigentes progressistas a proposta do PSDB gaúcho para que o PP apoie a tentativa de reeleição da governadora Yeda Crusius (PSDB). À Serra, o PP do Rio Grande do Sul já declarou apoio. Na proposta, os tucanos aceitam quase todas as condições dos progressistas. O PSDB aceita que o PP indique o vice, um dos nomes para o senado e também a extensão da coligação para a câmara dos deputados. Fica de fora apenas a aliança da proporcional na assembleia legislativa. Segundo Serra, há todos os ingredientes para que a aliança dê certo. O PP ficou de dar a resposta final no próximo dia 24.


Entre dirigentes do PSDB, o gesto do ex-governador serviu para diminuir o mal estar causado pela súbita visita de Serra ao estado, divulgada na quarta-feira (19), da qual os tucanos gaúchos não tinham conhecimento. A agenda inicial de Serra, organizada pelo deputado federal Osmar Terra (PMDB) e pelos senadores Marisa Serrano e Sérgio Guerra (PSDB), sem a participação da executiva regional do PSDB, previa apenas um almoço com os deputados estaduais do PMDB gaúcho.

O almoço com os peemedebistas foi no entanto a parte da agenda na qual Serra mais se demorou. Ele chegou à assembleia legislativa, onde ocorreu a reunião às 12h35, e permaneceu reunido com a bancada a portas fechadas por duas horas. Sete dos nove deputados do PMDB compareceram, além de Terra. Não houve participação de integrantes da cúpula partidária.

Serra ouviu os deputados sobre reinvidicações dos setores produtivos do Estado e se comprometeu a fazer roteiros pelas cidades de Rio Grande e Passo Fundo. Rio Grande, onde está instalado o pólo naval, foi visitada pela pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, na viagem que ela fez ao RS na semana passada. Na ocasião, Dilma assinalou os investimentos do governo federal e a revitalização da indústria naval, que estão alterando o perfil daquela região do estado.

Na saída da reunião, Serra afirmou que possui afinidades históricas com o PMDB do Rio Grande do Sul e que ouviu manifestações de simpatia individuais dos deputados a sua candidatura. Disse que a única divisão grave que notou na bancada foi aquela entre torcedores do Grêmio e do Internacional, mas em seguida ressalvou que "haverá instâncias partidárias a serem consultadas". O deputado Terra declarou, contudo, que se o PMDB não tiver candidato próprio à presidência, o partido no Rio Grande do Sul deve optar por Serra. Questionado sobre se isso ocorrerá mesmo que o deputado Michel Temer seja indicado para vice de Dilma, Terra citou como exemplo as eleições de 2002. "Naquela eleição, o PMDB indicou como candidata a vice de Serra (Rita Camata), porém, em vários estados, o partido fechou com Lula."
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