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Sábado, 20 de julho de 2024

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Projeto une padrinhos a crianças que precisam de família adotiva

Crianças e adolescentes têm o direito de crescer em uma família - natural ou adotiva. Esse é o motivo de um encontro que começa, nesta quinta-feira (3), em Campo Grande. O Projeto Padrinho vem unindo famílias que têm amor de sobra há 15 anos. Hoje, no Brasil, 80% das pessoas que querem adotar escolhem uma criança branca com no máximo 3 anos. Esse filho idealizado está longe da realidade das crianças e adolescentes nos abrigos, a maioria já está crescida e quanto mais velha a criança, mais difícil ser adotada.


Os candidatos a padrinho são aprovados pelo juiz. Levam as crianças e adolescentes para casa nos fins de semana e feriados e dão todo o apoio que elas precisam até serem adotadas. Mais de 600 crianças já foram ajudadas pelos padrinhos em Mato Grosso do Sul.

Quem vê o levado Pedro Henrique correndo, nem desconfia dos problemas que ele teve. “Quando a mãe dele fez o parto, ele tinha seis meses e teve uma paralisia cerebral, uma infecção no coração. Era uma criança que não era para desenvolver o lado esquerdo porque teve lesões cerebrais graves”, conta a advogada Andressa Rodrigues.

Amor e cuidado mudaram esse destino. Andressa trabalhava na Vara da Infância em Campo Grande quando Pedro nasceu. Por causa da saúde frágil, ele não podia ir para abrigos. Ela ligou para 82 famílias habilitadas para a adoção. Ninguém quis. A advogada então pediu aos pais dela para cuidar do bebê.

“A proposta da família acolhedora é cuidar das crianças principalmente com problemas de saúde até elas serem adotadas”, explica a aposentada Verônica Rodrigues.

O casal aposentado se rendeu à carinha sapeca. De padrinhos acolhedores, se tornaram legalmente pais. “O Pedro é uma luz, é tudo para nós em casa”, conta o militar da reserva Edy Rodrigues.

A culinarista Denise Padron Chiappetta e o marido tinham duas filhas, adotaram mais seis. Quatro eram irmãos. Quando ela foi adotar Viviane, conheceu a Ana Flávia. Ficou com as duas. Depois vieram Diego e Dânia. Não acabou: “Fui pegar as roupas do Diego porque ele já estava aqui. Vi o Roniel, quietinho era o último do abrigo e ele queria uma família e era amigo do Diego”, lembra.
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