O governador de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB) continua fazendo mistério sobre sua possível candidatura nas próximas eleições. O tucano não confirma se tentará a reeleição e aponta para o que chama de "necessidades de José Serra" no Estado.

Pavan tem participado de reuniões para tentar reeditar a chamada tríplice aliança (PSDB, DEM e PMDB) e chegou a participar de um encontro com o pré-candidato tucano à presidência, José Serra, e os atuais postulantes ao governo de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM) e Eduardo Pinho Moreira (PMDB). "Não decidimos ainda, mas o diretório estadual defende que devo me lançar como candidato", disse. Ele, no entanto, completou que é preciso pensar na estratégia nacional do partido. "Mas precisamos pensar na esfera nacional e por isso uma ampla aliança é estratégica para a campanha de José Serra".

Sem detalhar o teor das conversas, o governador afirmou que somente para o PT seria interessante que a sucessão catarinense fosse disputada por cinco candidatos. Ele não descartou a possibilidade de uma aproximação com outras legendas como, por exemplo, o PP da candidata Ângela Amin. "É um jogo. Todo mundo parado esperando o próximo movimento", afirmou. "Se o PMDB fizer aliança com o PT para dar palanque a Dilma, no mesmo dia poderemos conversar com os progressistas".

Pavan recebeu a imprensa para um churrasco em sua residência oficial na noite da última terça-feira (8). Foi a primeira vez que ele atendeu jornalistas desde que assumiu o cargo em março deste ano, quando enfrentava uma polêmica denúncia de corrupção passiva apresentada pelo Ministério Público. Ele negou as acusações e disse que o que mais quer é "provar a sua inocência".