O setor produtivo está desenvolvendo diversas ações com o objetivo de colocar a pecuária de Mato Grosso como modelo de produção sustentável. Esse foi o anúncio feito pela Acrimat e a Famato, durante coletiva com a imprensa, nesta sexta-feira.

O superintende da Acrimat, Luciano Vacari, disse que "ações conjuntas com a Famato, Fabov, Aprosoja, Ampa e outras entidades do setor produtivo estão sendo desenvolvidas visando encontrar soluções e não culpados, para a melhoria no processo produtivo". Ele ressaltou, que "todas as ações estão sendo executadas com recursos do próprio produtor".

Entre as ações estão os estudos qualitativos e quantitativos sobre a atual situação e prospectiva dos confinamentos e suas conseqüências para o setor da bovinocultura de corte do Estado de Mato Grosso.

Outro projeto da Acrimat é o levantamento das áreas de pastagens do Estado, onde irão constar as áreas de pastagens, áreas de pastagens permanentes, pastos dentro das APPs, dinâmica dos desmates, bacias hidrográficas (sub-bacias / municípios / biomas) e dados da situação da pecuária. O resultado desse levantamento será apresentado no final de fevereiro.

Em parceria com o FABOV – Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte, a Acrimat está realizando um inventário das emissões de gases do efeito estufa (GEE) na atividade pecuária no Estado de Mato Grosso. A proposta do projeto é o de fazer a avaliação de quanto é emitido de CO2 por quilo de carne produzido em Mato Grosso. Para isso, será feito um levantamento das emissões de gases do efeito estufa em três unidades de produção pecuária, com níveis tecnológicos contrastantes (alto, médio e baixo níveis), no Estado de Mato Grosso, bem como identificar as principais fontes desses gases para atmosfera. O levantamento será feito sob a coordenação de Carlos Cerri, um dos representantes brasileiros no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC.

MT Legal é outro projeto que esta sendo executado, com a proposta de melhorar a velocidade do licenciamento ambiental das propriedades.

O Presidente da Comissão de Meio ambiente da FAMATO, Ricardo Arioly, disse que "muitas coisas precisam se mudadas para melhorar o perfil da sustentabilidade da produção no estado, mas isso não acontece de imediato. Apesar dos ataques que o setor vem sofrendo, nos podemos e queremos melhorar". Arioly acrescentou que as críticas e relatórios infundados, como de algumas ONGs, como o Greenpeace, "só servem para prejudicar nossa imagem e o comércio dos nossos produtos no exterior, afetando diretamente toda cadeira produtiva".

Para o diretor secretário da Acrimat, Vicente Falcão, disse que "o setor produtivo quer colocar a pecuária mato-grossense como modelo de produção pecuária sustentável. Queremos apresentar propostas para melhorar a produção com qualidade ambiental".

A Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso é a representante nacional da pecuária no Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável com sede em São Paulo, formado por diversas entidades representativas da cadeia produtiva da carne, envolvendo setores do mercado financeiro (bancos e bolsas de valores), Ongs, frigoríficos e supermercados.