O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve apresentar aos chefes de Estado de países vizinhos uma proposta de adoção de medidas de que estimulam a geração de emprego, renda e incentivem o consumo como alternativa aos impactos da crise financeira internacional. Lula apresentará sua proposta durante os debates no Fórum Social Mundial, realizado em Belém (PA).

O porta-voz da presidência da República, Marcelo Baubamch, disse nesta quarta-feira que Lula defenderá que a alternativa para gerar emprego e renda deve ser baseada também em um sistema ambiental sustentável. Ao tratar sobre crise, o presidente lembrará ainda a importância de colaborar com os países africanos.

Amanhã à tarde, Lula e os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Bolívia, Evo Morales, do Paraguai, Fernando Lugo, e do Equador, Rafael Correa, participam da abertura do fórum. A delegação brasileira reúne ainda 13 ministros, inclusive a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) --apontada como candidata de Lula na disputa pela presidencial em 2010.

Prioridade
O Fórum Social Mundial ganhou atenção especial do governo recebendo investimentos e a presença de várias autoridades federais. Mas o porta-voz justificou que a opção de Lula por participar do evento em vez de comparecer ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, deve-se ao fato de ocorrer no Brasil.

O ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência) confirmou na semana passada que o governo federal investiu R$ 77.591.887 numa série de melhorias no Estado do Pará --que é governado pela petista Ana Júlia Carepa (PT)

O fórum teve início ontem e segue até o dia 1º de fevereiro. Mas Dulci negou que Ana Júlia tenha sido privilegiada no repasse de recursos.

Segundo Dulci, o fórum de Belém é o oitavo evento desta ordem realizado desde 2001. O fórum foi criado como um contraponto ao Fórum de Davos --quando são debatidos os temas de economia internacional. O objetivo do evento social é discutir assuntos, que na avaliação dos organizadores, são esquecidos no fórum de Davos.