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Sábado, 20 de julho de 2024

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Secretaria diz que enfermeira recebeu sangue contaminado de travesti no DF

A supervisora de enfermagem do Hospital Regional da Ceilândia, localizado a 30 quilômetros de Brasília, recebeu sangue contaminado com o vírus HIV de um travesti, segundo nota oficial divulgada nesta terça (22) pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.


De acordo com a nota da secretaria, "a acompanhante (exaltada e agressiva) invadiu a sala de medicação, pegou uma seringa de 10 ml, aspirou seu próprio sangue e gritava que era 'soropositivo' e iria injetar o sangue 'na primeira pessoa de branco que encontrasse pela frente'”.

Ainda segundo a nota, foi solicitada a presença da supervisora de enfermagem que se encontrava no Box de Emergência do hospital. “Ao se dirigir ao consultório médico foi agredida pela acompanhante, que a perfurou quatro vezes na região dorsal da mão esquerda, sendo injetado sangue na mesma. Naquele momento, uma técnica de enfermagem tentou imobilizar a agressora e foi mordida no antebraço esquerdo e levou vários golpes com a seringa na perna direita”.

O travesti, de 28 anos, estava acompanhando uma amiga que passava mal. De acordo com testemunhas, o agressor entrou em desespero após esperar por mais de cinco horas no hospital. O travesti, que estava dentro da emergência, teve acesso à sala onde a equipe de enfermagem guardava as seringas. De acordo com os funcionários, ele tirou o sangue e saiu correndo pelo corredor. Quando a enfermeira-chefe tentou controlar a situação, teve a mão perfurada. E a técnica que tentou ajudar levou a mordida no braço.

A Secretaria de Saúde nega que a amiga do travesti tenha esperado cinco horas por atendimento. Segundo a nota da secretaria, “a chefia de Equipe solicitou atendimento à paciente C.L., a qual foi prontamente atendida e medicada, conforme anotações na Guia de Atendimento de Emergência (GAE). O intervalo entre a admissão da paciente e a medicação foi de vinte minutos”.

Prisão
Segundo a nota, “o companheiro da agressora conseguiu imobilizá-la levando-a para o hall da entrada dos transportados, quando foi abordada pelos vigilantes e pelo policial militar de plantão”. O travesti foi preso em flagrante pelo policial militar que estava no hospital.

De acordo com Onofre de Moraes, delegado-chefe da 15ª DP, em Ceilândia, o travesti, conhecido como Maíra, será indiciado por duas tentativas de homicídio qualificado, cuja pena varia de 12 a 30 anos para cada um. Nesta terça, o travesti foi encaminhado para a carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), em Brasília.

Atendimento
Segundo a Secretaria de Saúde, “as servidoras agredidas foram atendidas pelo médico plantonista, que iniciou o tratamento indicado". Elas tomaram um coquetel de medicamentos contra o vírus e foram levadas para a 15ª DP para registrar a ocorrência. Posteriormente foram ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito.
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