Em visita a clínica pública de tratamento de dependência química do Hospital Lacan em São Bernardo do Campo, o candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, disse que "não há um plano atual, o que houve foi apenas um anúncio (...) falta uma ação abrangente e profunda, não de ocasião", em referência ao Plano Nacional de Combate ao Craque lançado recentemente pelo governo federal.

"O recurso que o Ministério dá para cá (hospital) é totalmente insuficiente (...) o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) é insuficiente para manter esta entidade e há também uma orientação e uma permanente pressão contra a existência de unidades especializadas em tratamento de dependentes químicos desligada de hospitais gerais, onde a meu ver não tem condição de funcionar", afirmou o tucano.

A dois dias do "Dia Internacional de Combate às Drogas", Serra foi fazer filmagem para seu programa de televisão no setor do Hospital mantido com a parceria entre Uniad, Unifesp e governo do Estado.

Serra se reuniu com Antonio Cabral, Daniel Cordeiro Cruz, e Orlando Belli, diretores do hospital, para conversar sobre o hospital. Aos jornalistas, o tucano disse que pretende reproduzir o modelo para o resto do País, caso eleito.

Questionado se o Brasil poderia caminhar para o uso da Cannabis parta fins medicinais, Serra respondeu: "só se eu fosse médio psiquiatra". O tucano ainda ressaltou que o "importante é combater o contrabando e o tráfico".

"O combate à entrada da droga está na esfera federal", disse Serra que frequentemente faz criticas ao governo Boliviano que, segundo ele, faz "corpo mole" no combate ao tráfico de drogas.