Restando apenas três dias para as duas principais convenções de Pernambuco, que confirmarão as candidaturas ao governo de Eduardo Campos (PSB) e Jarbas Vasconcelos (PMDB), os últimos acordos políticos começam a ser delineados nos bastidores. Na última semana, a especulação dentro da chapa do socialista e pré-candidato à reeleição foi com relação à vaga de vice, atualmente ocupada por João Lyra Neto (PDT). Os pedetistas poderiam ceder espaço ao próprio PSB, para que Campos pudesse forjar um sucessor de sua legenda em caso de vitória. No entanto, por contas das fortes chuvas que atingiram o Estado, as articulações teriam estacionado.

Dentro do Palácio do governo existem duas versões para justificar honrosamente a "saída" de João Lyra Neto e a composição da chapa puro-sangue. A primeira é atrelada aos problemas de saúde que o pedetista enfrentou no ano passado. A segunda baseia-se no desgaste político sofrido pelo pedetista ao acumular também a secretaria de Saúde. Outra pequena parcela de aliados - principalmente do PDT -, advoga que Eduardo Campos manterá Lyra no cargo, pela "lealdade e participação efetiva e ao mesmo tempo discreta" durante os quatro anos de governo.

Se há dúvidas com relação à vice, os dois pré-candidatos ao Senado já estariam confirmados: o ex-ministro Humberto Costa (PT) e o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB). A expectativa é que Eduardo Campos divulgue a chapa nesta segunda-feira (28). O próprio socialista afirmou que faria o anúncio até 48 horas antes da convenção.

Já a pré-candidatura Jarbas Vasconcelos enfrenta um desgaste desde sua confirmação. Pressionado, principalmente pelos tucanos, a assumir a disputa ao governo para manter o espaço da oposição em Pernambuco, a contrapartida do PSDB não teria a mesma intensidade. Apenas o DEM disponibilizou quadros para integrar a chapa majoritária do peemedebista, com Miriam Lacerda na vice e Marco Maciel ao Senado.

As convenções de Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos acontecem no mesmo dia, na quarta-feira (30). Além deles, concorrem ao governo de Pernambuco, Edilson Silva (Psol), Sérgio Xavier (PV) e Jair Pedro (PSTU).