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Sábado, 20 de julho de 2024

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Mensalão: Arruda deixa MPF após depor por duas horas

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) deixou a sede da Procuradoria Regional da República no Distrito Federal por volta das 20h20 desta sexta-feira, após cerca de duas horas de depoimento. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), ele se mostrou cordial e respondeu a todas as perguntas.


Arruda depôs na condição de testemunha, no inquérito que investiga a participação da promotora do DF Deborah Guerner no suposto esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM. O próprio Arruda é apontado como um dos líderes do esquema. Ele foi interrogado pelos procuradores Ronaldo Albo e Alexandre Espinosa.

O teor da conversa não foi divulgado, pois o processo corre em segredo de justiça a pedido da procuradoria. O ex-governador foi acompanhado de um advogado e deixou a sede do MPF sem falar com a imprensa.

Arruda havia sido levado ao local pela Polícia Federal, que tinha mandado para conduzi-lo à força, se preciso. Ele já havia sido convocado a depor pelo menos três vezes, mas ainda não tinha se apresentado aos procuradores.

No começo do ano, Arruda foi preso, sob a alegação de que ele poderia obstruir as investigações do inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.

Entenda o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

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