A Divisão de Homícidios (DH) do Rio, Barra da Tijuca, Zona Oeste, confirmou que foi procurada nesta sexta-feira (9) pelo tio do menor de 17 anos que confessou ter participado do sequestro de Eliza Samudio com um pedido de proteção policial. O tio alega que está sendo ameaçado. Segundo um inspetor da DH, ele conversou com o delegado Felipe Ettore e foi encaminhado ao Ministério Público do Rio, no Centro, que também deve ouvi-lo sobre as ameaças.

Segundo a assessoria do MP, a proteção poderia ser feita através do Programa de Proteção a Testemunha Ameaçada (Provita). A assessoria, no entanto, não confirma ainda que o tio esteja sendo ouvido nesta tarde.

Com medo de possíveis represálias, o tio do menor disse que estava dormindo em um hotel.

Ele informou ainda que isso teria acontecido na quarta-feira (7). Na quinta-feira (8), as ameaças cessaram porque os jornalistas já estavam no local, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

A informação no Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (CRIAAD), na Ilha do Governador, onde o menor está acautelado desde quinta-feira (8), é que nenhum familiar visitou o adolescente nesta manhã.

Um dos irmãos do menor, de 18 anos, contou que a mãe deles está em estado de choque.

“Minha mãe está em Belo Horizonte, mas deve chegar hoje. Quero visitar o meu irmão, ver como ele está para dar uma força. Fiquei chateado, sem acreditar que meu irmão é capaz de se envolver com algo assim, mas Deus sabe que isso daí ele fez porque encheram a cabeça dele. Minha mãe está em estado de choque, às vezes me liga e diz ‘não acredito que seu irmão fez isso, não consigo dormir pensando que alguém pode fazer alguma maldade com ele'”, disse ele.

O menor foi levado para Minas Gerais para ajudar a polícia a localizar o local onde o corpo de Eliza teria sido enterrado, e voltou para o Rio na quarta-feira (7).