Uma das testemunhas do julgamento de Sirlei Menezes da Silva pela morte do rapper Mauro Mateus dos Santos, mais conhecido como Sabotage, afirmou na tarde desta segunda-feira (12) que o acusado comemorou o assassinato em uma favela após o crime. A informação foi passada pelo promotor Carlos Roberto Marangoni Talarico.
Isso porque o plenário onde acontece o júri, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo, teve de ser esvaziado para preservar a identidade da testemunha, considerada sigilosa.
Sirlei Menezes da Silva é acusado de matar o músico em 24 de janeiro de 2003, na Zona Sul da capital paulista.
Ainda de acordo com o promotor, a testemunha disse ter ouvido o acusado pronunciar a seguinte frase na ocasião: "Ele foi cantar para São Pedro".
O defensor público Marcelo Carneiro Novaes diz que apresentará a versão de seu cliente no plenário. Ele não quis comentar as declarações.
O julgamento, que teve início às 15h, chegou a ser marcado para o dia 28 de abril, mas foi adiado, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, em razão da ausência de uma testemunha.
Quatro homens e três mulheres foram selecionados para compor o júri na tarde desta segunda. São cinco testemunhas. A juíza Fabíola Oliveira Silva, da 1ª Vara do Júri, preside a sessão.
Sabotage foi assassinado a tiros na Avenida Abraão de Morais, no bairro Bosque da Saúde. Ele tinha 29 anos na época. Cantor e compositor nascido em uma favela paulista, Sabotage compôs muitas músicas de cunho social, falando sobre drogas, violência e criminalidade. Sua estreia no cinema foi no filme “O Invasor”, de Beto Brant.