O mundo dos livros está sendo cada vez mais vivido pelos brasileiros, que estão se tornando leitores mais assíduos. É o que aponta uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, dia 27, pela Associação Nacional de Livrarias (ANL). O levantamento mostra que no país existem 2.980 livrarias, 11% a mais do que havia em 2006.

Em reportagem exibida pelo programa Bom Dia Brasil, o presidente da ANL, Vitor Tavares, declara que, mesmo assim, ainda há margem para melhorar: “O nosso índice ainda é muito baixo. Ainda é 1,9 livros ano lido por habitante ano. Isso é muito pouco e muito aquém de outros países latino-americanos. Na Argentina, se lê em torno de cinco. No Chile, três. Na Colômbia, se lê 2,5 livros por ano”.

Um dos motivos para o índice não ser mais alto é a falta de livrarias em pequenas e médias cidades, já que a maior parte está concentrada nos grandes centros. O estado de São Paulo, por exemplo, tem mais que o dobro do segundo colocado, o Rio de Janeiro.

O estado com maior número de livrarias no Nordeste é a Bahia, sexto colocado no país, empatado com Santa Catarina. Roraima, proporcionalmente, tem a melhor média nacional, com apenas 25 lojas.

A pesquisa também traz outra boa notícia: os títulos infantis e juvenis são os mais vendidos; crianças e adolescentes são os principais clientes das grandes e pequenas livrarias.

Se por um lado a internet é apontada como um incentivo à prática da leitura, é verdade também que ela precisa aproximar o leitor dos livros, pois 56% das livrarias, ou seja, a maioria, não faz vendas online. Parece que o brasileiro ainda preza a sensação de estar cercado de livros e poder escolher alguns para levar para casa.