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Domingo, 21 de julho de 2024

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Envolvidos no mensalão triplicam previsão de gastos para campanhas neste ano

Dez candidatos que tiveram seus nomes envolvidos no escândalo do mensalão, há cinco anos, concorrerão a algum cargo nas eleições de outubro. Para tentar atingir seus objetivos, eles poderão gastar, juntos, até R$ 56 milhões com suas campanhas.


Trata-se de um orçamento três vezes maior que o apresentado nas eleições de 2006, segundo levantamento feito pelo R7 no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Naquele ano, esses mesmos dez candidatos haviam estimado despesas de, no máximo, R$ 17,8 milhões. Entre janeiro de 2006 e julho deste ano, o índice de inflação acumulado, conforme o IPCA, foi de 22,70%.

O campeão de cifras é o deputado federal Paulo Rocha (PT-PA), que tentará uma vaga no Senado. Ele informou ao TSE que poderá gastar até R$ 20 milhões. Quatro anos atrás, o teto estabelecido para sua campanha foi de R$ 1 milhão.

A estimativa de gastos encaminhada ao TSE não significa que o candidato terá despesas no valor declarado. Trata-se de um limite fixado pelo partido, e para alcançá-lo o candidatos depende da arrecadação dos recursos.

A campanha do deputado federal Sandro Mabel (PR-GO) estimou em R$ 6 milhões o limite de gastos para este ano. Ele tentará a reeleição. Em 2006, o teto foi de R$ 3 milhões, metade do valor atual.

Quem também dobrou as estimativas de custos foram os petistas João Paulo Cunha, José Genoino e José Mentor, todos deputados federais por São Paulo e candidatos à reeleição. Quatro anos atrás, cada um deles informou ao TSE que poderia gastar até R$ 2,5 milhões, e para 2010 a estimativa é de R$ 5 milhões.

O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), que em 2005 renunciou em meio às denúncias do mensalão e conseguiu retornar à Câmara um ano depois, orçou para 2010 despesas de até R$ 3,5 milhões. Quatro anos atrás, os custos de sua campanha foram estimados em R$ 1,5 milhão.

Com gastos projetados em até R$ 1,5 milhão, Romeu Queiroz não conseguiu se eleger deputado federal com o PTB mineiro em 2006. Para este ano, contudo, ele subiu as estimativas para R$ 4 milhões e agora tenta, pelo PSB, uma vaga de deputado estadual.

O deputado federal Vadão Gomes, do PP paulista, que em 2006 informou ao TSE uma estimativa de até R$ 1 milhão, neste ano poderá gastar até R$ 3 milhões. Já Pedro Henry (PP-MT), licenciado de seu mandato na Câmara, elevou de R$ 1,4 milhão para R$ 3 milhões as estimativas de custos de sua campanha entre 2006 e 2010. A previsão de Josias Gomes (PT-BA) foi de R$ 900 mil para R$ 1,5 milhão.
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